Um beija-flor precisa consumir todos os dias uma quantidade de alimentos superior ao próprio peso. Saiba mais outras curiosidades!
Batendo as asas uma média de 80 vezes por segundo, um beija-flor pode pairar no ar, voar para trás, para cima e para baixo – manobras que poucos pássaros conseguem fazer. Seu coração pode bater a uma velocidade assombrosa de 1.260 vezes por minuto. Só que para sobreviver um beija-flor precisa consumir todos os dias uma quantidade de alimentos superior ao próprio peso, e seu alimento predileto é o néctar.
O que é o néctar?
Em geral, o néctar consiste em três açúcares – glicose, frutose e sacarose – com pequena quantidade de proteínas e sais de sódio e de potássio. Mesmo assim, uma dieta de néctar puro resultaria em deficiências nutricionais, por isso os beija-flores também consomem pequenos insetos.
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As plantas que são visitadas tendem a ter flores vermelhas ou alaranjadas, um sinal de caules reforçados que resistem aos bicos introduzidos na flor enquanto os pássaros pairam no ar ou ao peso dos que se empoleiram ao se alimentarem. Outras flores menos robustas atraem borboletas que se alimentam de néctar e voam de dia, como as borboletas asa-de-pássaro gigantes do Sudeste Asiático e da Austrália, ou as borboletas-azuis do continente americano.
Um beija-flor tem de visitar centenas de flores por dia para extrair essa solução açucarada com alto teor de energia. Ele tem um bico longo e uma língua extensível e bifurcada que penetra nas flores. E move as asas tão rápido que não precisa empoleirar-se no lábio de uma flor; ao contrário, paira diante dela enquanto se alimenta.
6 curiosidades sobre o beija-flor
1. O beija-flor é uma ave exclusiva das Américas
Os beija-flores são exclusivos dos continentes americanos. Os pesquisadores já catalogaram mais de 320 espécies. A maioria delas vive em climas tropicais e subtropicais. No entanto, há pequenos pássaros na Europa, Ásia, África e Oceania que se comportam de forma semelhante. Os nectariniídeos na África e os melifagídeos na Austrália se alimentam de néctar, e as espécies menores são capazes de pairar no ar. Os três grupos de pássaros não têm relação de parentesco – eles desenvolveram a mesma anatomia e comportamento de maneira bastante distinta em continentes diferentes, um fenômeno conhecido como evolução convergente.
2. Ele é uma ave comilona
O número de visitas que um beija-flor faz às flores depende do teor energético do néctar. Um pássaro pode fazer cinco visitas em uma hora a flores com néctar altamente energético, mas 14 visitas àquelas que produzem néctar com metade do teor energético. Assim, um beija-flor que se alimenta de néctar com muita energia consome o equivalente a mais de cinco vezes o próprio peso em um dia; já um que se alimenta de néctar com pouco teor energético coleta o equivalente a 14 vezes o próprio peso.
3. O beija-flor é a menor ave do mundo
Originária de Cuba, ocolibri-abelha-cubano (Mellisuga helenae),também conhecido como beija-flor helena ou zunzuncito, é considerado o menor pássaro do mundo com cerca de 6 cm de comprimento e peso inferior a 2 gramas.
4. O brilho das penas do beija-flor não brilham vem da pigmentação
Ao contrário do que muitos imaginam, as cores brilhantes das penas dos beija-flores não vêm da pigmentação das penas. Essas cores, são o resultado de um fenômeno conhecido como iridescência. Esse fenômeno ocorre quando a luz quica sobre uma superfície, refletindo as cores do arco-íris, que mudam de intensidade dependendo do ângulo; é o que ocorre com uma bolha de sabão, por exemplo.
5. Eles têm um coração enorme
O peso do coração de um beija-flor equivale a 5% do peso total de seu corpo. Enquanto isso o coração humano não ultrapassa o equivalente a 0,5% do nosso peso.
Esse coração gigante é fundamental para que a ave possa ter uma circulação sanguínea mais eficientes e melhor irrigação dos músculos utilizados durante o voo.
6. Algumas espécies migram em busca de alimento
Ao contrário do que certas pessoas pensam, algumas espécies de beija-flor migram em busca de alimento. O beija-flor-rufous, por exemplo, voa por mais de 3 mil quilômetros no inverno, migrando do Alasca até o México em busca de alimentos.