Às vezes, pode parecer que não, mas existem muitas coisas boas acontecendo ao redor do mundo. Confira boas novas que renovarão sua esperança.
Rayane Santos | 7 de Setembro de 2021 às 12:00
No mundo atual, muitas pessoas sentem que as notícias estão cada vez piores. Ao assistir ao noticiário ou ler o jornal pela manhã, a impressão é que só há coisas ruins acontecendo ao redor do mundo. Ultimamente, muitas delas até mesmo dizem ter parado de acompanhar as notícias para resguardar sua saúde mental. Será que em meio a tantas tragédias é possível encontrar boas novas?
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A resposta é sim! Não há como negar que desgraças ocorrem diariamente ao redor do globo. Porém, é preciso saber que também há muitas coisas boas acontecendo. Confira, a seguir, 4 boas novas que te ajudarão a acreditar que ainda há esperança.
Em sua casa em Londres, Samantha Holdsworth, palhaça profissional de 44 anos, canta e dança para trabalhadores sociais a 8 mil quilômetros de distância, em Bangladesh. Eles sorriem e depois caem na risada. A ligação por Zoom é uma sessão de treinamento para que entretenham crianças ruaingas refugiadas.
Samantha é fundadora da Clowns Without Borders U.K. (Palhaços sem Fronteiras), entidade que leva alívio cômico a crianças em zonas de conflito e áreas de desastres. Em 2014, ela criou a filial britânica da entidade espanhola. “Há uma resistência gloriosa nesse trabalho”, diz ela. “Eles não aceitam que crise, conflito e ameaça de violência sejam mais poderosos do que dar às crianças a oportunidade de rir.”
As ONGs locais convidam Samantha e seus 17 palhaços voluntários para se apresentar em comunidades de risco do mundo inteiro. A filial do Reino Unido já se apresentou para mais de 50 mil crianças de 14 países e, antes da pandemia, viajava para o exterior pelo menos seis vezes por ano.
O espetáculo-padrão consiste em comédia-pastelão, malabarismo, música e dança e, em geral, ocorre em espaços abertos de fácil acesso dentro da comunidade. Nas Filipinas, por exemplo, o grupo se apresentou numa quadra de basquete. Samantha também fez espetáculos em campos de refugiados sírios na Grécia, na Turquia e na Jordânia.
Desde o começo da pandemia, Samantha passou a ajudar palhaços e artistas locais a dar continuidade ao seu trabalho em suas comunidades. Na verdade, a crise global só criou mais necessidade de risadas. “Gostaríamos de reinventar o modo como se oferece ajuda”, diz ela, “para que alegria e brincadeiras estejam ao lado de comida e abrigo.”
Antes sobrecarregada com a eletricidade mais cara da Austrália, hoje a Austrália Meridional tem a energia mais barata do país. A virada começou há menos de vinte anos, quando o estado passou a trocar o sistema baseado principalmente em combustível fóssil pelas energias solar e eólica.
O clima da Austrália Meridional oferece abundância natural de vento e energia solar. Mas fazia tempo que os defensores dos combustíveis fósseis afirmavam que a transição da infraestrutura estadual baseada em gás e carvão para a energia renovável desorganizaria a economia e aumentaria drasticamente o custo da eletricidade. No entanto, quando o custo começou a despencar, a Austrália Meridional aproveitou para criar políticas favoráveis à energia renovável.
Agora, o governo estadual tem a meta líquida de 100% de energia renovável até 2030.
Em outubro de 2020, dois caminhantes na floresta do Kalimantan do Sul, na Indonésia, notaram um pequeno passarinho preto e castanho que esvoaçava entre as árvores. Curiosos por sua identidade, eles enviaram fotos a um grupo de observadores locais.
Surpreendentemente, os traços distintos do passarinho eram iguais aos do tagarela-de-sobrancelha-negra, espécie nativa de Bornéu que não era vista havia 170 anos e estava supostamente extinta.
“Isso é importantíssimo para a ornitologia indonésia”, diz Ding Li Yong, conservacionista de Cingapura que pertence à BirdLife International. Assim que forem suspensas as restrições a viagens em função da Covid-19, os conservacionistas locais planejam montar uma expedição para saber mais sobre a ave.
Imran Rajpoot, dono da Dolphin Cleaners de Calgary, no Canadá, sabe que a lavagem de roupas pode ser demorada e não queria que os trabalhadores da linha de frente gastassem seu precioso tempo livre lavando e higienizando roupas. Depois do início da pandemia, ele decidiu oferecer serviço gratuito de lavanderia a trabalhadores de saúde e de serviços de emergência. Nas primeiras semanas, ele ajudou trezentas pessoas.
“Há hora e lugar para tudo”, disse Rajpoot à CBC, emissora nacional do Canadá. “Agora não é mesmo a hora de lucrar; é hora de servir à humanidade.”