Com fósseis encontrados no sul do Brasil nos anos 00's, o Brasilodon Quadrangulares é o mamífero mais antigo do mundo.
Redação | 8 de Setembro de 2022 às 15:06
A revelação foi publicada na última terça-feira (6), no Journal of Anatomy. A publicação foi realizada por um grupo de paleontólogos brasileiros e ingleses. E trata-se de descobertas em cima do Brasilodon quadrangularis, mamífero brasileiro mais antigo do mundo.
O grupo que conta com profissionais de diferentes instituições, como: UFRGS, UFRJ, Unilasalle, Museus de História Natural de Londres. Além de profissionais independentes, como Cristina Pakulsky (Biologia), Henrique Puricelli (Odontologia) e Lúcio Roberto da Silva (Biologia). Encontrou pequenos fósseis no começo dos anos 00’s e confirmaram que, realmente pertencem ao mamífero mais antigo do mundo.
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Com idade estimada em 225 milhões de anos. O Brasilodon Quadrangularis, era um animal de 20 cm de comprimento na fase adulta e pesava um pouco mais de 15 gramas. Era similar aos roedores de agora, mesmo que tenham sido descritos na comunidade científica como sendo reptiliano.
Isto aconteceu, porque desde que foram descobertos os primeiros fósseis dele, ele foi registrado como animais de sangue frio e que colocavam ovos. Sendo assim, por meio de análises de microscopia das mandíbulas e da arcada dentária, comprovou-se que eles possuíam difiodontia.
Significa dizer que o mamífero brasileiro era peludo e de sangue quente. E os pesquisadores também foram capazes de afirmar que produziam ninhadas, que eram amamentadas pelas mães.
O estudo mostra que determinados padrões se repetem a mais tempo do que pensávamos. Isto é, cuidados maternos e estruturas biológicas reprodutivas continuam presentes mesmo após milhões de anos de evolução das espécies.
“Mais surpreendente, a descoberta aponta que certas características de algumas Ordens de mamíferos como os Marsupiais e os Monotremados teriam surgido como elementos reprodutivos secundários, através da evolução de ancestrais placentários”, comenta Sergio Furtado Cabreira, doutor em geologia pelo programa de pós-graduação em geociência da UFRG.
Ademais, outro resultado significativo foi sobre a dentição difiodonte dos mamíferos. Os pesquisadores dizem que os dentes molares permanentes, agora possuem origem reconhecida.