A lua é o único satélite natural da Terra. Ela estimula a imaginação e influenciou a cultura de diversos povos. Saiba mais sobre ela.
A Lua gira em torno da Terra. Com isso, o ângulo formado entre ela e o Sol está em permanente mudança. Quando o satélite, visto da Terra, está bem em frente ao Sol, podemos ver a metade da Lua que recebe a luz solar. Essa é a “lua cheia”. Quando ela, ao contrário, forma um ângulo reto com o Sol, parece, sendo vista da Terra, ser iluminada pela metade: é a “meia-lua” – o “quarto crescente” ou “quarto minguante”.
Quando a órbita lunar encontra-se na linha de visão do Sol, ela nos mostra o lado que não recebe luz. E, assim, não podemos vê-la: é a “lua nova”. A primeira evidência da lua crescente ocorre, dependendo da estação do ano e do lugar, entre um e quatro dias depois da nova.
Mas, como surgiu a Lua?
As grandes luas de Júpiter e Saturno talvez tenham surgido da nebulosa original junto com seus planetas. Os satélites menores, ao contrário, são asteróides “aprisionados”. A história da origem da nossa Lua é bem diferente. Sabe-se hoje que, há 4,5 bilhões de anos – ou seja, logo depois de seu surgimento –, a Terra colidiu com um planeta do tamanho aproximado de Marte. Nesse acidente, grande parte da crosta terrestre, naquela época, assim como a do planeta, foi arremessada no espaço sideral.
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Essa matéria originou um disco em torno da Terra, a partir do qual surgiu a Lua. Acredita-se que a jovem Lua estivesse situada entre 20.000 km e 30.000 km de distância da Terra, ocasionando, por isso, gigantescas marés. Devido a leis físicas, a força dos movimentos periódicos dos mares fez com que, de um lado, a Terra freasse, e, de outro, a Lua ficasse mais afastada. Hoje, a Lua está a uma média de 384.400 km, distância que aumenta em 3,7 cm a cada ano.
Por que os astronautas conseguem pular tão alto na Lua?
A Lua tem um diâmetro de 3.475 km, o que equivale a quase 1/4 do tamanho da Terra. Em termos de massa, a diferença é ainda maior: a da Terra é 81 vezes a do seu satélite! Por isso, a força da gravidade na superfície lunar é bem menor do que aqui. Uma pessoa – e qualquer objeto – pesa, na Lua, apenas 1/6 do peso que teria na Terra.
Isso constituiu uma grande vantagem para os astronautas em seus uniformes pesados. Havia, porém, muitas desvantagens, como a perda de atrito provocada pelo baixo peso. Assim, seus pés escorregavam mais facilmente, o que dificultava a caminhada no solo lunar. As rodas de um veículo lunar também perdem a aderência facilmente, o que exigia dos astronautas um extremo cuidado na condução; além disso, tinham de ser cautelosos para não danificar, sem querer, suas roupas espaciais.
O efeito da pequena força gravitacional da Lua lembra a poeira num redemoinho, que parece cair muito devagar. Quanto menor a força da gravidade, mais tempo uma partícula leva para chegar novamente ao chão.
O que é um eclipse lunar?
Durante a lua cheia, o satélite, visto daqui, situa-se no lado oposto da reflexão do Sol na superfície terrestre, posição em que incide a sombra do nosso planeta. Por isso, em uma determinada localização relativa dos corpos celestes, pode ocorrer que, na cheia, o satélite natural atravesse a sombra da Terra, dando origem, desse modo, a um eclipse lunar. Pode-se falar de um eclipse lunar total quando a Lua fica situada na umbra da Terra.
Para um observador situado na Lua, o Sol estaria coberto pela Terra. Durante a ocorrência de um eclipse de penumbra, por sua vez, o Sol, observado da Lua, estaria parcialmente encoberto pela Terra, que deixa incidir uma parte da luz solar no satélite. Num eclipse parcial, uma parte da dela encontra-se na umbra, enquanto seu restante situa-se na penumbra.
Por que não ocorre um eclipse lunar por mês?
A órbita do satélite em torno do Sol é inclinada em 5,1° em relação à da Terra. Isto não é muito. Mas o suficiente para que o satélite natural passe a até 37.000 km acima ou abaixo da sombra da Terra.
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Apenas quando o satélite natural terrestre atravessa a órbita do planeta durante a fase cheia, é que pode ocorrer um eclipse lunar. O que se dá por volta de duas vezes ao ano. Ao contrário do eclipse solar, o lunar pode ser visto por toda a região da Terra voltada para a Lua.
Por que a lua fica avermelhada durante um eclipse total?
Também no decorrer de um eclipse lunar total ela não fica escura por completo, devido à refração de uma parte da luz solar que é dirigida para a região de sombra. Para um observador situado na Lua, seria como se a borda da Terra apresentasse uma incandescência vermelha. Uma vez que a luz azul refrata-se mais intensamente na atmosfera terrestre, a luz vermelha atinge a Lua, como num pôr-do-sol. Por isso, ela irradia, durante um eclipse total do Sol, uma luz fantasmagórica e sombria, de coloração vermelho-cobre.