Confira a nossa lista com 10 livros de poetas brasileiros contemporâneos que provam que a poesia brasileira vai muito bem, obrigado!
O Brasil sempre foi berço de grandes poetas. Mas sempre que se fala de poetas brasileiros, é comum que venham à mente os de sempre: Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Hilda Hilst, Ana Cristina Cesar e tantos outros que já nos deixaram.
Acontece que tem muita gente viva e importante escrevendo poesia no Brasil. De autores já bastante conhecidos até novos nomes que estão começando a sua jornada, mas que já são donos de um trabalho consistente e maduro.
Portanto, preparamos esta lista com alguns livros de poetas brasileiros contemporâneos que valem muito a pena conhecer. De nomes mais conhecidos e admirados, a autores que apenas estão começando a sua caminhada. Todos possuem um trabalho bastante relevante e que nos mostra que a poesia brasileira está vivíssima e vai muito bem, obrigado.
Alinhavar, Thaís Chagas
Além de poeta, Thaís Chagas é também professora, revisora, tradutora e pesquisadora de literatura brasileira contemporânea. Membro do Nós, as Poetas!, um coletivo de mulheres poetas de rua, Thaís se interessa por autoras da literatura persa e árabe, tendo feito belas traduções de poetas como Forough Farrokhzad e Farideh Hassanzadeh-Mostafavi.
Publicado pela editora Urutau em 2019, Alinhavar é seu primeiro livro, cujos versos, segundo Aline Alves, “gravam em nós, que somos a matéria viva do presente do que não passou, não apenas tudo isso que não aceitamos, mas também o diálogo nada sufocado entre nós que não nos conformamos.”
Tudo nela é de se amar, Luciene Nascimento
Luciene Nascimento é uma poeta de Quatis, interior do estado do Rio de Janeiro, que vem conquistando o Brasil pelos seus poemas e carisma. Admirada por nomes como Lázaro Ramos (que assina o prefácio de seu livro), Rincon Sapiência e Toni Garrido, passou a chamar a atenção quando vídeos seus recitando alguns de seus poemas viralizaram internet afora.
Tudo nela é de se amar é o primeiro livro de Luciene, que conta com belíssimas ilustrações da Mariana Sguilla. Suas poesias abordam temas relacionados à negritude e à vivência que toda mulher pode se identificar.
Miró até agora, Miró da Muribeca
Miró da Muribeca é um poeta pernambucano que é também conhecido como poeta das ruas.
Miró até agora é uma antologia organizada por Wellington de Mello e que reúne as obras do autor que foram publicadas entre os anos de 1985 e 2012, nos dando provas do porquê que Miró é considerado um gênio e uma das vozes mais inventivas da poesia independente do Brasil.
Um buraco com meu nome, Jarid Arraes
Jarid Arraes é um dos grandes nomes da literatura brasileira contemporânea. Nascida em Juazeiro do Norte, na região do Cariri (CE), ela passou a ser conhecida por sua literatura de cordel, mas logo se mostrou uma autora completa e versátil, também escrevendo prosa e poesia.
Dividido em quatro partes – Selvageria, Fera, Corpo Aberto e Caverna – Um buraco com meu nome é o primeiro livro de poemas de Jarid, no qual ela “revira lembranças de sua infância no Cariri, cercada da intolerância e do machismo, mas também cercada da poesia dos homens que inspiraram seu pai e seu avô, ambos cordelistas, e a despertaram para o universo literário.”
Mergulho no anticéu, Camila Rodrigues
Mergulho no anticéu é o primeiro livro de poemas de Camila Rodrigues, poeta que nasceu em Belém do Pará e se graduou em Comunicação Social em Comunicação Social pela Universidade da Amazônia (Unama).
Dividido em três partes – Perdi o Fôlego, Imersa, Já era mar – e tocando em temas profundos como insegurança, perdas e migração, Camila se desnuda em seus versos para que consiga expressar aquilo que sente.
Ay kakyri Tama – Eu moro na cidade, Márcia Wayna Kambeba
Márcia Wayna Kambeba é poeta, geógrafa, educadora e pesquisadora indígena, de etnia Omágua/Kambeba, nascida numa aldeia ticuna, onde viveu até os oito anos de idade, quando se mudou com a família para São Paulo de Olivença, um município brasileiro no interior do estado do Amazonas, Região Norte do país.
Em Ay kakyri Tama – Eu moro na cidade, Kambeba “constrói uma ponte entre sua origem indígena e a vida em Belém do Pará, apresentando a história de seu povo e sua luta em poesias e imagens repletas de emoção e verdade”.
Fora da cafua, Gabriel Sanpera
Gabriel Sanpêra é um poeta de Barra Mansa, Rio de Janeiro. Finalista do Prêmio Malê de Literatura de 2016, teve Fora da cafua publicado pela editora Urutau em 2018. Além disso, teve poemas selecionados para a Antologia Internacional Best “New” African Poets (African Books Collective, 2017), no Zimbábue.
Fora da cafua trata do cotidiano e da diversidade do corpo negro com muita sensibilidade, franqueza e beleza.
O livro das semelhanças, Ana Martins Marques
A mineira Ana Martins Marques é uma das poetas mais celebradas do cenário literário brasileiro dos dias de hoje.
Segundo o crítico Murilo Marcondes, a poesia de Ana Martins Marques alia a elaboração formal a uma reflexão sobre a vida, promovendo um “estreitamento entre linguagem e experiência”. 0O livro das semelhanças é sua terceira coletânea de poemas e “expõem com o wit e a delicadeza característicos da autora esse tatear entre as palavras e as coisas”.
Não, Bruna Mitrano
Professora da rede pública e mestre em literatura portuguesa pela UERJ, Bruna Mitrano é uma poeta que vive na periferia do Rio de Janeiro e que vem chamando cada vez mais atenção no cenário literário brasileiro.
Não, publicado pela editora Patuá, é o primeiro livro do autor. Mitrano nos mostra por meio de seus poemas profundos e viscerais o porquê de ser uma poeta bastante admirada.
O menor amor do mundo, Rafael Zacca
Nascido e criado no bairro carioca do Méier, onde ainda vive, Rafael Zacca é, além de poeta, professor universitário e oficineiro.
Em O menor amor do mundo “estão conversas sobre o amor. Ou sobre o desejo (parece que ninguém se decidiu sobre isso ainda). Primeiro vêm os minianjos, depois o galo celestial desce aos subúrbios, e finalmente o banquete de Platão se transfere para o Codorna do Feio, com suas diversas vozes e personagens compondo um jeito novo de tratar o tema, entre o poético e o filosófico, e também muito além de ambos.”