20 livros de autores negros em promoção na Book Friday

Aproveite as ofertas da Book Friday e acrescente à sua estante alguns livros de autores negros. São diversos autores talentosíssimos.

Redação | 18 de Agosto de 2022 às 19:00

Inside Creative House/iStock -

A Book Friday é um dos maiores eventos de promoções de livros da Amazon. O evento que irá durar até o dia 22 de agosto, dará descontos de até 50% para livros físicos e 80% nas versões digitais (eBooks). Que tal aproveitar as ofertas para acrescentar à sua estante livros de autores negros? São diversos autores e autoras talentosíssimos que merecem a sua atenção. Confira a nossa lista e aproveite!


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Ficção

1. Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves

Neste livro fascinante, Ana Maria Gonçalves conta a história de uma idosa africana, deficiente visual e à beira da morte, que viaja da África para o Brasil em busca de seu filho que está perdido há décadas. Ao longo da travessia, ela conta sua vida que foi marcada por mortes, estupros, violência e escravidão. 

2. Hibisco Roxo, de Chimamnda Ngozi Adichie

(Imagem: Reprodução/Amazon)

Enquanto narra aventuras e desventuras suas e de sua família, a adolescente Kambili , o romance também mostra um retrato fiel da situação da Nigéria, mostrando as consequências geradas pela colonização tanto no próprio país, como, certamente, também no resto do continente. Além disso, ela mostra como a religiosidade extrema de seu pai agoniza lentamente a vida de toda a família.

3. Realismo de Machado de Assis

A trilogia realista de Machado de Assis é composta pelas obras Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro e Quincas Borba. Os livros mostram a atuação do autor no realismo que, apesar de tardia, ainda se faz extremamente reconhecida e é de grande importância para a literatura nacional brasileira.

4. O ódio que você semeia, de Angie Thomas

A jovem negra Starr Carter presencia um policial brando assassinar Khalil, seu melhor amigo. Por ser a única pessoa que presenciou o crime, ela é forçada a testemunhar no tribunal. Mesmo sofrendo uma série de chantagens, a jovem está disposta a dizer a verdade pela honra de seu amigo.

5. Fique comigo, de Ayobami Adebayo

A obra Fique comigo debate questões familiares da sociedade nigeriana e também demostra de forma realista as dificuldades políticas enfrentadas pela população desse país nos anos 1980. No entanto, acima de tudo, o livro faz a pergunta: o quanto estamos dispostos a sacrificar em nome da nossa família?

6. Kindred: laços de sangue, de Octavia E. Butler

Em “Kindred”, a protagonista, Dana, é uma escritora negra, que vive na Califórnia da década de 70. Em seu aniversário de 26 anos, algo inexplicável acontece com ela: depois de uma repentina tontura, Dana acorda acorda em uma cidade no sul dos EUA. Se a mudança geográfica já seria assustadora o suficiente, ela descobre que também viveu uma viagem no tempo. O que pode se imaginar de uma mulher negra, sozinha, e de outra década, vivendo no século XIX, quando a escravidão ainda era praticada?

7. O último ancestral, de Ale Santos

O livro se trata de uma ficção científica focada no afrofuturismo, movimento estético, cultural e política que desenvolve narrativas com protagonismo de pessoas negras. O autor Ale Santos cria uma fantasia urbana eletrizante que traz referência de cultura, fé e histórias africanas no Brasil.

8. Olhos D’água, de Conceição Evaristo

Em Olhos d’água, Conceição Evaristo aborda a pobreza e a violência urbana que afeta a sociedade afro-brasileira. Os contos apresentam diversas mulheres: Ana Davenga, a mendiga Duzu-Querença, Natalina, Luamanda, Cida, a menina Zaíta. Com idades e conjunturas diferentes, compartilham da mesma necessidade de se ter força. Em Olhos d’água estão presentes mães, filhas, avós, amantes, homens e mulheres. Seja por dilemas sociais, sexuais ou existenciais, estão vinculados de alguma forma.

Não Ficção

9. Eu sei por que o pássaro canta na gaiola, de Maya Angelou

(Imagem: Reprodução/Amazon)

Autobiográfico, com um tom poético e grande sensibilidade para assuntos “pesados”, Eu sei por que o pássaro canta na gaiola conta a infância e adolescência de Maya. Temos a perspectiva da autora sobre a vida de uma menina negra nas décadas de 1930 e 1940, que reflete a situação de outras crianças negras que viveram nesse período.  

10. Racismo estrutural, de Silvio Almeida

(Imagem: Reprodução/Amazon)

O debate trabalhando por Silvio Almeida em “Racismo estrutural” busca problematizar as questões raciais, discussão primordial no contexto histórico brasileiro. Por apontamentos revelados no livro, percebemos os modos como as estratégias racistas foram reproduzidas nas esferas econômicas, sociais e políticas.

11. Etnicidade na América Latina: um debate sobre raça, saúde e direitos reprodutivos, de Simone Monteiro

(Imagem: Reprodução/Amazon)

Trazendo uma reflexão sobre os processos saúde-doença e condições étnico-raciais, o livro toma como tema central a saúde reprodutiva na América Latina. A partir das contribuições das ciências sociais e da área da saúde, os trabalhos aqui reunidos discutem os conceitos de raça, gênero e etnicidade.

12. Sociologia do negro brasileiro, de Clovis Moura.

(Imagem: Reprodução/Amazon)

Clóvis Moura, através de seu pensamento antiacadêmico, encontra na sociologia o seu momento mais importante. Ultrapassando uma discutível imparcialidade científica ou um racismo racionalizado, o escritor realiza uma crítica radical em uma obra que ainda se faz atual.

13. Negritude sem etnicidade, de Livio Sansone

(Imagem: Reprodução/Amazon)

Após 15 anos de pesquisa na Bahia, no Rio, no Suriname e na Holanda, Livio Sansone questiona as formas de raça e etnicidade que se estabelecem no Brasil e no resto da América Latina. Comparando as concepções desses termos, o escritor sugere que os estudos de noções de identidade e cultura devem ser mais aprofundados e relaciona isso com os efeitos da globalização.

14. Pele Negra, Máscaras Brancas, de Frantz Fanon

(Imagem: Reprodução/Amazon)

O primeiro livro do estudioso Frantz Fanon é um dos textos mais influentes dos movimentos de luta antirracista. Desde sua publicação, em 1952, se apresenta como uma interpretação psicanalítica da questão do movimento negro, tendo como motivação explícita desalienar pessoas negras do complexo de inferioridade que a sociedade branca lhes impõe desde a infância.  

15. O Genocídio do negro brasileiro, de Abdias Nascimento

(Imagem: Reprodução/Amazon)

Mesmo após sua morte, Abdias Nascimento se faz presente. Sendo uma das maiores referências na defesa dos direitos dos negros no Brasil, o autor sobrepõe testemunhos pessoais, críticas e reflexões. E, enquanto isso, levantando também discussões consistentes sobre a falsa democracia racial e romantização da escravidão no Brasil. Uma leitura necessária pra compreender o porque da atual situação da população negra brasileira.

16. Ensinando a transgredir: A educação como prática da liberdade, de Bell Hooks

(Imagem: Reprodução/Amazon)

Com considerações do educador e filósofo brasileiro Paulo Freire, esse livro composto por ensaios consegue abordar vários aspectos do ato de ensinar. bell hooks nos dá também possibilidade de pensar além de currículos, e acima de tudo buscando na mesma proporção o não engessamento do nosso conhecimento, com o que propõe como “autoatualização”. 

17. Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus

(Imagem: Reprodução/Amazon)

O mundo de miséria retratado por Carolina Maria de Jesus, vítima da pobreza extrema, nos mostra a vivência de uma mulher favelada. O diário dessa catadora de lixo é um lamento triste em diversos sentidos, porém necessário. A absoluta falta de assistência em todas as áreas sociais, falta de justiça, falta de oportunidades. É a narrativa dolorosa de uma parte da sociedade que é ignorada e esquecida.

Infantil

18. E foi assim que eu e a escuridão ficamos amigas, de Emicida

Neste livro infantil, o cantor Emicida mostra que colocar o medo como um ser, faz a criança perceber que pode controlar esse sentimento e, mesmo que não controle, consiga nomear aquela sensação e aprender a lidar com ela. Este livro trata de forma poética do medo que às vezes paralisa também a nós, adultos: o medo do desconhecido.

(Imagem: Reprodução/Amazon)

19. O Pequeno príncipe preto para pequenos, de Rodrigo França

(Imagem: Reprodução/Amazon)

Carregado de carinho e originalmente uma peça de teatro, a história criada por Rodrigo França virou livro infantil. Com linguagem adaptada à educação Infantil e cheia de rimas, a delicada história agora alcança também meninos e meninas pré-leitores e em processo de alfabetização.  

20. Amoras, de Emicida

(Imagem: Reprodução/Amazon)

Em mais um livro do cantor Emicida, que vem se aventurando pela literatura, ele desenvolve um belíssimo retrato poético das nossas pequenas “amoras”. A leitura ajuda a elevar a autoestima de crianças negras e demonstrar para o mundo as belezas presentes nelas.  

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