Realizar um intercâmbio no exterior é uma experiência enriquecedora: conhecer uma nova cultura, um novo idioma... Confira dicas para planejar!
Rayane Santos | 24 de Agosto de 2021 às 13:00
Fazer intercâmbio no exterior, sem dúvida, é uma experiência enriquecedora. Principalmente para crianças e adolescentes que estão iniciando a formação de suas vidas. Se, no século passado, o intercâmbio estudantil era um projeto ao alcance de poucas famílias, atualmente, o panorama é bem diferente. Principalmente depois do surgimento de empresas e agências especializadas em intercâmbio.
Podemos dizer que o intercâmbio é uma viagem temporária de estudantes ou jovens. Tradicionalmente, esse deslocamento serve para fins educacionais e culturais, tendo como norte a experiência da pessoa em outro país. Mas também existem programas para alunos em férias ou para pessoas que queiram trabalhar fora, tendo ou não alguma relação com o ambiente escolar.
Conhecer uma nova cultura, ganhar fluência em outro idioma e desenvolver os sentimentos de independência, autonomia e responsabilidade são apenas alguns dos benefícios que o intercâmbio proporciona. A cultura de uma pessoa é tão importante quanto a educação tradicional (na sala de aula), e, assim, a viagem promove ao intercambista a possibilidade de desenvolver sua formação cultural e humana.
Existem diversos programas de intercâmbio, para diversas faixas etárias. Geralmente, recomenda-se que os jovens tenham a partir de 12 anos de idade, e pode ser feito um projeto voltado para a família. Logo, todas as pessoas a partir dessa idade e com vontade de traçar os objetivos que um intercâmbio oferece pode fazer parte de um.
Apesar de os especialistas em educação entenderem que o ideal seja realizar o intercâmbio na adolescência, as crianças menores também podem participar da experiência, em um período de férias, por exemplo. Os pequenos têm mais facilidade na assimilação de um novo idioma, conseguindo inclusive livrar-se do sotaque da língua nativa. No entanto, é bom lembrar que deixar crianças pequenas longe da família é uma questão que deve ser muito bem analisada.
Mas é mesmo na adolescência, quando a capacidade crítica já está mais desenvolvida, que os especialistas recomendam a realização da experiência de estudar no exterior. Embora seja comum, a princípio, um sentimento de insegurança, em decorrência da ausência da família, além das dificuldades com o idioma, a necessidade de superação trará muitos benefícios para a formação e a maturidade do jovem.
Como o próprio nome diz, este tipo de intercâmbio tem como principal objetivo o estudo de um novo idioma. Sendo no país que tem outra língua como nativa, o estudante não somente aprende a parte gramatical, mas também vivencia o idioma diariamente, o que acelera o aprendizado e amplia o vocabulário.
Já neste caso, é recomendado que a pessoa tenha no mínimo 18 anos de idade e o ensino médio completo. Também é preciso que tenha alguma certificação de nível intermediário no idioma que vai estudar, pois a pessoa terá obrigações de trabalho para cumprir logo de cara. Isso inclui interações com amigos de escritório, por exemplo, ou com o público.
É um intercâmbio no qual o principal objetivo é o estudo. Muito realizado por estudantes de mestrado, doutorado e pós-doutorado, também pode ser feito por alunos da graduação. Lá, o estudante realiza uma parte de seus estudos e pesquisas, no caso de alunos pesquisadores.
O intercâmbio de au pair é, geralmente, destinado para mulheres que tenham entre 18 e 26 anos de idade. No outro país, elas vão realizar a função de babá, ajudando famílias a cuidarem de crianças pequenas. A família acolhe a jovem que, no cotidiano, vai aperfeiçoando a fluência no idioma. Nem precisa dizer que é fundamental gostar e saber lidar com crianças, não é?
Nesta modalidade, o intercambista deve ser alguém entre 18 e 29 anos de idade, que esteja matriculado em um curso de ensino superior. Nas férias da faculdade, ele faz a viagem e trabalha na sua área de atuação, só que em outro país. É uma oportunidade de ganhar experiência antes da formatura e de aumentar o vocabulário específico do seu campo de trabalho.
Neste tipo de intercâmbio, a pessoa vai para um país com o intuito de realizar um trabalho voluntário em áreas de vulnerabilidade social. Precisa ser uma pessoa disposta ao desafio de lidar com situações de extrema pobreza, por exemplo. Além disso, pela viagem ser para um lugar vulnerável, as condições de instalação podem não ser luxuosas ou confortáveis. Cada projeto deste tipo de intercâmbio tem suas normas de funcionamento, mas, em geral, é destinado para pessoas a partir de 18 anos que tenham, pelo menos, o nível intermediário na língua local ou inglês.
Na modalidade de férias, o intercâmbio foge do ambiente estudantil e o viajante curte as férias em um outro país. Os programas geralmente incluem diversas atividades para integrar o intercambista, fazendo com que ele aprenda o idioma local e se enturme com a cultura de lá.
Você deve estar se perguntando quanto custa fazer um intercâmbio, não é? O intercâmbio gratuito serve para atender estudantes que não têm condições financeiras de arcar com os custos envolvidos neste tipo de viagem, mas que, mesmo assim, querem estudar fora do seu país de origem. Existem diversas ONGs que promovem este tipo de intercâmbio, e o processo de seleção é definido por cada organização.
Depende do programa que você vai escolher. Cada proposta oferece um tempo adequado para a realização dela, indo de semanas até meses. Programas destinados para alunos em férias, podem durar entre três e quatro semanas. Já doutorandos, podem ficar até 24 meses, por exemplo.
As empresas especializadas em intercâmbio estudantil oferecem uma série de alternativas, de acordo com a idade e o tempo de permanência. Mas é preciso pesquisar com muita calma as opções, estudando bem o destino, a instituição de ensino e o curso pretendido. Além do custo, é claro. E pode ser necessário realizar um planejamento financeiro para isso. Espanha e Canadá, por exemplo, possuem opções mais baratas de intercâmbio. Já para os Estados Unidos e a Austrália os pacotes costumam ser um pouco mais caros.