Um fóssil de, aproximadamente, 2 toneladas e mais antigos que os dinossauros foi encontrado no sítio paleontológico Parque Floresta Fóssil, no Piauí, sendo o segundo maior já encontrado no parque.
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O material descoberto pelos pesquisadores é uma árvore que viveu há cerca de 280 milhões de anos em Altos, cidade localizada a 40 quilômetros de Teresina, no Piauí. De acordo com a idade do fóssil, a planta viveu na Era Paleozoica, período anterior ao surgimento dos dinossauros e, até mesmo, da divisão dos continentes.
Ainda que o monitoramente da área seja feito com regularidade, a árvore pré-histórica tinha passado despercebida. Afinal, ela está localizada em meio a uma mata cocais, fato esse que adiou sua descoberta.
De acordo com Juan Cisneros, professor de paleontologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e phD em Geociências, é possível entender melhor o vegetal ao analisarmos seus detalhes, como a casca.
"Olhando em seção você pode ver que ele é circular e tem anéis de crescimento, significa que ele foi uma árvore. De lado é possível ver um pouco da antiga casca e a direção do crescimento da lenha.''
Cisneros explicou que um conjunto de fatores deve acontecer para o surgimento de um fóssil desse tipo. As árvores tendem a morrer por decorrência de fungos e pela degradação provocada por animais. Porém, para passar pelo processo de fossilização, algo bem específico deve acontecer: a planta deve estar coberta de lama.
A lama sobre o vegetal, impede seu apodrecimento, mas não é qualquer lama! Ela tem que ser rica em sílica, um mineral facilmente encontrado na Terra. Assim, a sílica dilui na lama, adentra nas células da árvore e substitui a água pelo mineral, no entanto, não se engane, esse processo demora milhares de anos!
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