A descoberta dessa grande quantidade de fósseis de dinossauro em Uberaba transformou a cidade no maior sítio paleontológico urbano do Brasil.
Recentemente, mais de 280 fósseis foram encontrados em Uberaba, Minas Gerais, durante a construção de um conjunto habitacional. Agregada do Triângulo Mineiro, região propensa a tais descobertas, a cidade se destaca com o apelido de "Cidade dos Dinossauros".
De acordo com o geólogo da UFTM, Luiz Carlos Borges Ribeiro, a região de Uberaba já é conhecida como a área que possui mais dinossauros encontrados no Brasil, e, inclusive, movimenta o turismo local em torno dessa temática.
Por que tantos fósseis são encontrados nessa região?
Com cerca de 340 mil habitantes, Uberaba ergue-se em cima de um solo rico em calcário, substância essencial no processo de fossilização, que permite a mineralização dos restos de ossos. Assim, encontrar fósseis no solo da cidade se tornou algo comum.
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Antigas obras e construções com escavadeiras já haviam revelado fósseis de dinossauros em outros terrenos uberabenses. No entanto, o que surpreendeu os especialistas e moradores dessa vez foi a quantidade de fósseis encontrados; um total de 283 fósseis.
Os fósseis foram encontrados a apenas 2 metros abaixo do solo no terreno onde está sendo construído o Residencial Tamareiras, que abrigará 467 casas.
Para onde irão os fósseis de dinossauros encontrados em Uberaba?
Os fósseis encontrados em Uberaba são, geralmente, encaminhados ao Complexo Científico Cultural de Peirópolis, vinculado à Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Alguns fragmentos costumam, futuramente, integrar a exibição do Museu dos Dinossauros, também vinculado à universidade. Segundo Thiago Marinho, coordenador do Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn Ivor Price e professor da UFTM, apesar de recente, a descoberta será fundamental para a pesquisa científica.
"Os fósseis são de diversas espécies diferentes de vertebrados e invertebrados, mas só saberemos realmente quando começarmos o trabalho de pesquisa. Por enquanto só recebemos o material, ainda em rocha, no Museu. Ainda precisamos prepará-lo para começar a pesquisa de fato”, declarou o especialista.