Falsa médica autuada por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica é solta no dia seguinte.
Na última terça-feira (30), uma influenciadora que se passava por médica foi presa em flagrante na região de Perdizes, Zona Oeste de São Paulo. A jovem se passava por Marcela Gouveia, uma médica otorrinolaringologista e nutrólogacom o mesmo nome, e utilizava seu CRM.
Com mais de 86 mil seguidores nas redes sociais, Marcela utilizava a identidade da profissional para receitar remédios e solicitar exames. A farsa foi descoberta por uma paciente que após suspeitar, pesquisou o nome da falsa médica e descobriu que ela usava o registro de outra profissional.
De acordo com Felipe Nakamura, advogado responsável pela investigação, ela utilizava sua fama nas redes sociais e se apresentava como especialista em medicina estética.
"A gente acredita que ela se utilizava dessa fama, de ter muitos seguidores, de ter conhecimento técnico na área de estética, para utilizar desse carimbo, a fim de que pudesse dar maior legitimidade a sua atuação, uma vez que não detém título de médico, mas tem conhecimento dessa área de estética", contou o delegado ao g1.
Ao ser presa por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica, a falsa médica chegou a se defender alegando que é farmacêutica de formação e estudante de medicina.
De acordo com a nota divulgada no portal G1, o advogado de Marcela Castro Gouveia, Gustavo Polido, disse que a ação policial ocorreu de forma equivocada e que não houve falsidade ideológica. Segundo ele, houve equívoco nos carimbos recebidos, pois as duas possuem o mesmo nome, sem qualquer intenção de fraude.
Após a prisão, a falsa médica de 37 anos, pagou a fiança no valor de R$ 50 mil e foi liberada para responder em liberdade com medidas cautelares. Segundo à Justiça, embora tenha pago a fiança, o processo seguirá em andamento e mesmo em liberdade, Marcela Castro Gouveia terá que seguir alguns procedimentos como:
- comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades;
- terá obrigação de manter o endereço atualizado junto à vara e proibição de ausentar-se da comarca de residência por mais de oito dias sem prévia comunicação ao juízo sob pena de revogação das medidas e ser presa.
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