A cultura maker é um estilo de vida que faz das pessoas mais independentes e criativas. Preparamos este post para você saber mais sobre ela.
Cada vez mais popular, a cultura maker vem ganhando adeptos e defensores a cada dia que passa. Apesar disso, talvez você nunca tenha ouvido falar dela. Mas calma! Estamos aqui para mudar isso.
A cultura maker, como já é muito difundido por aí, é algo muito próximo do que conhecemos por faça você mesmo, o famoso “do it yourself”. E caso você tenha alguma intimidade com o inglês, sabe muito bem que a palavra makerpode ser traduzida como criador. Mas em um bom português, poderíamos dizer que, neste caso, makeré fazedor.
E por que isso? Pelo simples fato de que a cultura maker prega justamente isso: pôr a mão na massa. Mas para que você possa entender melhor o que significa esse conceito, vamos destrinchá-lo para que você possa compreender por que ele é tão sedutor para tanta gente.
Vamos nessa!
Mas afinal, o que é essa tal de cultura maker?
A cultura maker é um estilo de vida que prega a criatividade, a sustentabilidade, o não consumismo, a colaboração e a democratização de conhecimento. Tudo em prol de uma qualidade de vida melhor. Tudo isso com o auxílio das mais diversas tecnologias.
Em outras palavras, a cultura maker nada mais é do que a concepção de que qualquer pessoa pode dar vidas às suas ideias, construir e consertar coisas, desenvolver soluções para diversos problemas e por aí vai. Tudo o que se precisa para isso é ter tanto os conhecimentos quanto as ferramentas necessárias para tal.
É por isso que tem gente que diz que o movimento da cultura maker possui influência da cultura punk. E isso faz muito sentido quando se pensa na autonomia que existe neste movimento, que por sua vez é uma herança libertária. E essa autonomia também faz parte da essência da cultura maker.
Afinal, é a partir dessa liberdade que as pessoas que aderem à cultura maker criam, experimentam e aprendem a partir da prática.
E com as novas tecnologias e o acesso mais democratizado à diversas ferramentas, a cultura maker vai se espalhando, chegando ao conhecimento de mais e mais pessoas. Mas não é só isso: com essa maior facilidade e maior dedicação de muitos, a cultura maker vai adquirindo contornos mais profissionais.
E é impressionante quando se pensa que às vezes tudo o que você precisa para fazer parte desse movimento é boa vontade. Claro que o acesso a instrumentos como impressoras 3D ou ferramentas mais sofisticadas ajudam que é uma beleza. Entretanto, muitas vezes assistir a um bom tutorial no YouTube mais as coisas que você já tem em casa é o suficiente para começar a pôr a mão na massa.
A cultura maker e a educação
A cultura maker tem conquistado tanta gente que há quem acredite – e até mesmo defenda – que ela possa fazer a diferença até mesmo na educação.
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Isso se dá porque como se vê ser bastante discutido por aí, o ensino escolar tende a ser conservador, engessado e, não raro, enfadonho para os alunos. E isso acaba por desmotivar tanto os estudantes quanto os próprios professores.
Aqueles que defendem que a educação pode ser mais “fazedora” costumam argumentar que ela pode revolucionar a educação justamente por ser desafiadora e incentivar a experimentação e a busca pelo conhecimento a partir da prática.
Afinal, é muito mais divertido e estimulante aprender por meios criativos e que incentivem a pró-atividade, não é mesmo? Coisa que já podemos ver em feiras de ciência, em gincanas escolares etc. E que também pode ser implementado ao colocar alunos em situações mais diversas, como construir um horto ou aprender programação, vendo seus projetos ganharem vida, por exemplo.
Mas é importante frisar que a situação da educação brasileira tem influência de muitas coisas, que às vezes fogem do poder do professor e às vezes, até mesmo da escola. Pois o que não falta são professores dedicados e sedentos por uma outra prática escolar.
Portanto, não basta querer implementar a cultura maker só porque quer. Até porque temos diversos profissionais da educação qualificados, como os pedagogos, que estudam e pesquisam a educação há tanto tempo e que melhor podem decidir sobre ela.
De todo modo, é perceptível que a cultura maker tem muito a contribuir para o ensino de nossas crianças e adolescentes. Sabendo fazer, eles só têm a ganhar.
A importância da cultura maker
A cultura maker vem se mostrando um movimento muito importante para se pensar os rumos da sociedade. Sobretudo quando se pensa no impacto que ela pode causar a esse estilo consumista que faz do mundo refém.
Pessoas como Chris Anderson, editor da revista Wired e autor do best-seller A cauda longa, acredita que a cultura maker pode ocasionar uma nova revolução industrial, tendo até escrito um livro de enorme sucesso sobre isso. Além disso, a cultura maker é levada tão a sério que há até mesmo uma revista especializada no tema, a Make Magazine, criada por Dale Dougherty.
Portanto, não dá para simplesmente ignorar um movimento como esse. Ainda mais se levarmos em conta o tanto que ele pode fazer pelas pessoas, tornando-as mais autônomas, criativas e por que não, mais vivas.
Ao menos, vale muito a pena saber da existência de uma perspectiva de mundo como essa. Portanto, por que não tê-la no horizonte?
Isto tudo posto, uma pergunta: que tal tirar um tempinho e aprender aquela coisa que você sempre teve vontade de saber? Nunca é tarde!