Professor explica como treino, leitura crítica e repertório de atualidades podem garantir o desempenho máximo na prova mais aguardada do Enem
Douglas Neves | 15 de Outubro de 2025 às 11:11
Entre todas as etapas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nenhuma desperta tanta expectativa quanto a redação. No domingo de prova, milhões de estudantes aguardam ansiosos pelo tema da redação que pode definir o futuro acadêmico e profissional de quem sonha em conquistar uma vaga em uma universidade pública.
Com valor máximo de 1.000 pontos, a redação pode ser o fator decisivo entre conseguir uma vaga ou não. Mas, segundo especialistas, alcançar a nota máxima exige muito mais que dominar a gramática: é preciso pensar com clareza, argumentar com base e propor soluções concretas.
Para Hugo de Almeida, diretor e professor do PB Colégio e Curso, do Rio de Janeiro, a redação é uma das provas mais completas do exame, pois exige raciocínio crítico e sensibilidade social.
“Ter opinião é fácil. O difícil é sustentá-la. A boa redação depende da capacidade do candidato argumentar, propor soluções e conectar informações de diferentes áreas. O Enem cobra justamente isso: maturidade intelectual e olhar crítico sobre os grandes desafios da sociedade”, explica o professor.
Ele lembra que os candidatos do Enem 2025 têm um diferencial: vivem um período histórico marcado por mudanças profundas na sociedade, como o impacto da pandemia, o avanço da inteligência artificial e os debates sobre ética digital e desigualdade social.
"Estar antenado a esses fatos, seja por meio de jornais, podcasts ou debates, amplia repertório e fortalece a argumentação”, destaca o diretor que traz 7 dicas para chegar à nota mil na redação do Enem e também aqueles erros que jamais podem ser cometidos. Confira!
Pratique textos cronometrados sobre temas variados. Simular o ambiente da prova ajuda a controlar o tempo e a ansiedade.
Leia jornais, revistas e sites confiáveis com diferentes pontos de vista. Isso amplia o repertório cultural e melhora a argumentação.
Podcasts, entrevistas, documentários e séries podem oferecer referências riquíssimas. Tente observar como esses conteúdos abordam problemas sociais e soluções possíveis.
Converse com pessoas que pensam diferente. O diálogo respeitoso ajuda a treinar a argumentação e a evitar visões simplistas.
Introdução clara, desenvolvimento com dois bons argumentos e conclusão com proposta de intervenção que seja viável, detalhada e respeite os direitos humanos. Veja aqui como fazer uma redação dissertativa.
Autenticidade vale mais do que fórmulas prontas. Redações que soam artificiais podem perder pontos em competência de coesão e argumentação.
Reserve tempo para se informar sobre fatos recentes e debates globais. Temas ligados a tecnologia, sustentabilidade e inclusão são apostas frequentes.
Alguns erros podem comprometer totalmente o desempenho na redação do Enem e devem ser evitados a todo custo.
Para o professor Hugo de Almeida, a reta final deve ser usada para reforçar a autoconfiança e revisar fundamentos:
“A redação é crítica, é intervenção. Para dar boas soluções, é preciso compreender bem o assunto e relacioná-lo com fatos, dados e repertório cultural. Por isso, estar conectado com as atualidades é tão importante. Quanto mais informação de qualidade o candidato absorver, mais argumentos terá para sustentar sua opinião”, afirma.
Ele reforça que o desempenho também depende do equilíbrio emocional: “Só passa quem chega feliz no dia da prova, sem o sentimento de culpa. O aluno que se dedicou, que escreveu, que leu, que se manteve atualizado, chega leve, sereno e pronto para transformar conhecimento em resultado”.
A redação é avaliada por dois corretores independentes, que atribuem notas com base em cinco competências. Cada uma vale até 200 pontos, totalizando o máximo de 1.000.
Dica bônus: leia a cartilha de redação do Enem e as redações nota mil disponíveis no site do Inep! Isso ajuda a visualizar o nível de profundidade e clareza exigido.
A redação do Enem é mais do que um teste de escrita; é um exercício de empatia, pensamento crítico e responsabilidade social. Treinar, ler, debater e se informar são atitudes que moldam não apenas um bom texto, mas também um cidadão preparado para dialogar com o mundo.
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