Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física: saiba como combater o capacitismo no dia a dia

Em 11 de outubro celebra-se o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física, data que visa conscientizar e incentivar um esforço coletivo para garantir que os direitos das pessoas com deficiência física sejam atendidos. 

Nesse momento, o assunto do capacitismo recebe atenção especial, o que o torna a ocasião ideal para abordar os diferentes tipos de discriminação que PCDs podem sofrer e atitudes que parecem simples, mas que fazem a diferença nas pessoas que possuem alguma condição física.

O que é capacitismo?

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania descreve o capacitismo como discriminação ou exclusão direcionada a pessoas com deficiência. Esse preconceito se manifesta através de  formas de comunicação, práticas, tratamentos e até barreiras físicas e arquitetônicas que impedem o pleno exercício da cidadania.

O capacitismo costuma originar-se a partir da crença de que uma pessoa é incapaz apenas por possuir uma deficiência. 

"Capacitismo é um sistema de opressão que hierarquiza as vidas humanas pelos tipos de corpos. As práticas capacitistas podem acontecer como ações ou como omissão. Não oferecer atendimento prioritário às pessoas com deficiência ou não prover recursos de acessibilidade, por exemplo, as expõe às desigualdades sociais", explica a secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Anna Paula Feminella, na publicação. 

Como combater o capacitismo?

A Agência Gov chama atenção para o fato de que superar o capacitismo requer uma série de mudanças, comportamentais e estruturais. Nesse sentido, as ações de cada pessoa importam, e nos aproximam de uma sociedade mais igualitária. 

As seguintes orientações foram retiradas da cartinha de combate ao capacitismo, desenvolvida pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e Ministério da Saúde.

1. Atenção às expressões preconceituosas

Elimine do seu vocabulário termos que associem característicss de pessoas com deficiência que  à incapacidade, limitação ou desvantagens. Alguns exemplos citados na cartilha são 'se fazer de surdo', 'parece que é cego', 'fingir demência' e 'retardado', que reforçam estigmas e causam sofrimento. 

2. Entenda que a deficiência não define a personalidade de ninguém

A deficiência é apenas uma entre as várias características de uma pessoa. Acreditar que PCDs são carinhosos, agressivos, entre outros esteriótipos, é limitante e te impede de enxergar a pluraridade de formas de estar no mundo. 

3. Não use diminutivos ou voz infantilizada ao falor com PCDs

Dirija-se à pessoa com deficiência com respeito, busque informações e realmente escute o que ou outro tem a dizer.

4. Não aja como se você estivesse em uma posição de superioridade

É importante também que você não use as realizações de PCDs como motivação, ou encare ter uma deficiência como sinônimo de uma vida inferior. Não olhe com estranheza ou pena, e nem mencione uma cura para a deficiência. A deficiência não é uma doença. Também não é necessário oferecer ajuda a todo momento. 

5. Sempre busque se informar e aprender

Muitas crenças capacitistas são normalizadas, portanto é necessário um certo esforço para refletir sobre esses pensamentos e desconstruí-los. Eduque-se e ouça as vivências das pessoas com deficiência com bastante atenção. Não deixe de ler a cartilha 'Combata o Capacitismo' completa. 

Se você sofrer ou testemunhar alguma violação à integridade ou dignidade de uma pessoa em virtude de sua deficiência, você pode fazer uma denúncia no Canal Disque 100.