Hoje é Dia Mundial da Poesia! Essa forma de arte é uma das mais antigas ligadas à literatura. Conheça alguns autores imperdíveis do gênero!
Marina Estevão | 21 de Março de 2021 às 12:00
Hoje é o Dia Mundial da Poesia! Essa forma de arte é uma das mais antigas ligadas à arte literária. Há registros de poesias em hieróglifos no Egito há cerca de 25 anos antes de Cristo. Uma das ferramentas de linguagem mais importantes que a poesia se utiliza é a metáfora.
E para comemorar esse dia tão especial – e poético – nós fizemos um compilado de 8 poetas que você precisa conhecer e começar a ler hoje! Vamos a eles?
Nosso primeiro lugar vai para um mineiro super famoso: Carlos Drummond de Andrade. Além de poeta, ele também era contista e cronista. Você já deve ter ouvido que No meio do caminho tinha uma pedra, certo? E o famoso E agora, José?
Drummond foi um dos pioneiros do movimento Modernista no Brasil, que defendia o verso livre na poesia, ou seja, que era desapegado de versos e rimas. Um bom livro para começar é Boitempo, em que o autor expressa, em metáforas, suas lembranças da infância e adolescência.
O chileno Pablo Neruda foi um dos autores mais importantes da língua castelhana do século XX. Em sua vida, ele conquistou o Prêmio Nacional de Literatura (1945), Prêmio Lênin da Paz (1953) e o Nobel de Literatura (1971).
Sua obra é lírica, com emoção e marcada por um enfático humanismo. Entre seus livros, destacam-se Ode a uma estrela, Arte de pássaros e Memorial de Isla Negra.
Rupi Kaur é uma poetisa feminista e artista indiana de 28 anos. Aos 4 anos, Rupi se mudou para o Canadá com seus pais. Seu livro de maior sucesso é Outros jeitos de usar a boca (em inglês Milk and Honey), e está entre os mais vendidos na seção de literatura canadense da Amazon. Também foi o segundo mais vendido na categoria Poesia.
O livro é uma antologia de poesia, prosa e ilustrações, dividido em quatro capítulos, nomeados A dor, O amor, A ruptura e A cura. Nos capítulos, a autora aborda temas como violência, abuso, amor, perda e feminilidade.
Ela foi uma jornalista, poetisa, pintora, escritora e professora carioca. Foi a primeira grande personalidade feminina na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas.
Em 1934, Cecília fundou a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, e em 1942 se tornou sócia honorária do Real Gabinete Português do Rio de Janeiro. Tendo raízes portuguesas por parte de sua avó materna e se casado com o artista plástico português Fernando Correia Dias, sua poesia se filia às tradições da lírica luso-brasileiras.
Apesar de não ter um movimento literário específico, suas obras se inclinam pelo simbolismo, a religiosidade e o desespero. Há o uso frequente de elementos como o vento, a água, o mar, o ar, o tempo e o espaço. Dentre suas obras, destacam-se o poema épico-lírico Romanceiro da Inconfidência e o livro Viagem (1939).
O pernambucano Manuel Bandeira é conhecido também pelo movimento modernista de 1922. Foi poeta, cronista, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor.
Seu poema mais famoso é Vou-me embora pra Parságada, uma espécie de autobiografia lírica. Suas obras traduzem a paixão pela vida, a morte, o amor, erotismo, solidão, cotidiano e infância. Em 1940, foi nomeado para a Academia Brasileira de Letras.
Dentre suas obras, destacam-se os livros Carnaval e Libertinagem.
Ana Lins dos Guimarães Peixoto, mais conhecida como Cora Coralina, nasceu em Goiás e era poetisa e contista. Publicou seu primeiro livro aos 75 anos e tornou-se uma das representantes femininas mais importantes da literatura brasileira.
A autora, que escreveu sobre a realidade das mulheres na década de 1900, é o nome mais popular de Goiás. Em 1975, lançou seu primeiro livro intitulado O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais, e no ano seguinte lança Meu Livro de Cordel. Porém, só ganhou o interesse do público após elogios do poeta Carlos Drummond de Andrade.
Foi um dos mais importantes poetas da língua portuguesa e do movimento modernista português. Suas obras refletem os temas tradicionais de Portugal e o lirismo saudosista, que fala sobre o “eu profundo”, suas inquietações, solidão e tédio.
O autor criou diversas ‘personalidades’ para escreverem suas poesias, como Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Bernardo Soares e Álvaro de Campos, seu principal heterônimo. Sua obra de destaque é o livro Mensagem, de 1934.
O curitibano Paulo Leminski Filho foi escritor, poeta, crítico literário tradutor e professor. Tinha um jeito marcante de escrever pois criou uma linguagem própria, que misturava trocadilhos, brincadeiras com ditados populares, gírias e palavrões.
Leminski também escreveu letras de música com Caetano Veloso, Itamar Assumpção e o grupo A Cor do Som. Foi casado com a também poetisa Alice Ruiz. Seus livros de poesia mais instigantes são Polonaises e 80 Poemas.