Instituído em 1982 pelos movimentos sociais, o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência é celebrado em 21 de setembro.
Douglas Ferreira | 21 de Setembro de 2019 às 09:00
Instituído em 1982, o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência é celebrado em 21 de setembro. Com status de lei desde 2005, a data pretende divulgar e garantir a igualdade de condições das pessoas com deficiência.
No Brasil, há mais de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que representa 23,9% da população. Desse total, 25.8 milhões (26,5%) são mulheres e 19.8 milhões (21,2%) são homens.
Para avançar no auxílio a esta importante parcela, o país implementou o sistema de cotas no serviço público e nas empresas privadas.
Desde 2008, o acesso das pessoas com deficiência à política de concessão de órteses e próteses também foi ampliado através do Ministério da Saúde.
Apesar dos avanços legislativos, o cenário está longe de ser favorável. Direitos ainda são frequentemente negados aos deficientes.
Nas empresas, profissionais com deficiência ainda não são encontrados em todos os cargos hierárquicos. Segundo recente pesquisa, menos de 10% dos postos de liderança são ocupados por estes trabalhadores.
Desta forma, é comum encontrá-los desmotivados e com baixa perspectiva na empresa. O reflexo disto é imediato: 34% destes profissionais com deficiência se sentem isolados no trabalho.
Não bastasse isso, até hoje cidadãos com limitação motora, por exemplo, lutam por direito à cidade. Ainda é enorme a dificuldade de locomoção nas ruas e nos transportes públicos.
As demandas são inúmeras e o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência reforça a justa reivindicação.
Solidárias à causa, inúmeras cidades do país preparam atividades como forma de dar visibilidade ao tema.
A cidade de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, promove debates e filmes para discutir sobre direitos, benefícios e empregabilidade da pessoa com deficiência.
No Rio, a NitDown e a Estácio promovem o 1º Seminário de Acessibilidade e Inclusão, com palestras, oficinas, apresentação de trabalhos acadêmicos de extensão social sobre o tema.
Por maior que seja o apoio à causa Brasil afora, é preciso avançar não só no papel, mas também na prática das garantias de direitos essenciais.