Entenda a importância do Dia da Amazônia e como a preservação da flora e da fauna desse bioma pode impactar diretamente a nossa vida.
Thaís Garcez | 5 de Setembro de 2020 às 09:00
Abrangendo mais de 40% do território nacional, a Floresta Amazônica é um tesouro inestimável para a humanidade. Por isso, um dia dedicado somente à flora e à fauna desse bioma foi determinado: o Dia da Amazônia.
Essa data remete aos tempos do Império, quando Dom Pedro II, em 1850, definiu a província do Amazonas. Atualmente, nos ajuda a lembrar da importância ambiental dessa reserva natural tão rica.
Além disso, o Dia da Amazônia tem como objetivo chamar atenção para a necessidade de preservação da floresta, debater sobre o uso responsável de suas riquezas e estimular a criação de projetos e políticas públicas que diminuam o desmatamento.
A Floresta Amazônica está presente em 9 estados brasileiros: Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia, Pará e Roraima e algumas partes do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. Além dos países: Peru, Venezuela, Suriname, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa e Bolívia.
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Por ter um grande número de rios, a Amazônia é considerada a maior reserva de água doce de superfície do mundo; sendo o rio Amazonas o maior deles. Sua flora é imensamente diversa, tendo a vitória-régia como planta típica da região, além de várias outras que são matéria-prima para medicamentos.
A fauna presente na Amazônia também é enorme. A floresta é o berço do boto-cor-de-rosa, onça-pintada, peixe-boi-da-amazônia e outros. O maior besouro do mundo, o Titanus giganteus, que pode chegar a 22 cm, também encontra-se lá.
Além da flora e da fauna, a Floresta Amazônica é a casa de muitas aldeias indígenas e comunidades. Atualmente, são aproximadamente 180 povos indígenas, além das tribos isoladas, que vivem em seu interior. Só da tribo Yanomami, por exemplo, reside 25,7 mil indígenas.
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Normalmente, nos meses mais secos do ano, entre junho e setembro, o número de focos de incêndio na floresta aumenta. Entretanto, as queimadas ocorrem também pela ação humana.
De acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O desmatamento cresceu 29% no ano passado (2021) e é o maior registrado na última década. Somando um total de 10.362km².
O resultado desse descaso no combate aos incêndios criminosos e da falta de ações efetivas para conter as queimadas é a morte de inúmeros animais e os danos causados à flora amazônica.
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O aumento do aquecimento global também é, em parte, resultado do desmatamento. Como se sabe, as árvores, durante o processo de fotossíntese, transformam gás carbônico em oxigênio. Desse modo, os incêndios somados à redução de vegetação aumentam a emissão de gás carbônico na atmosfera.
Proteger a Floresta Amazônica, portanto, vai além de cuidar de um patrimônio mundial. Significa manter a sobrevivência humana, resguardando as fontes de água doce, protegendo a matéria-prima de medicamentos e proporcionando maior qualidade do ar que respiramos.