O balão de ar quente é o transporte aéreo mais antigo que existe. Conheça 10 fatos interessantes sobre o gigante dos ares.
Douglas Ferreira | 1 de Janeiro de 2022 às 14:00
Ao longo da história da humanidade, muitos artefatos impressionantes foram criados. Olhando para os meios de transporte, alguns diriam que o destaque vai para o carro, automóvel moderno. Enquanto isso, há aqueles que dizem que os maiores veículos já inventados foram o trem ou ainda, o avião. Contudo, saiba que, em termos de idade, ninguém vence o balão de ar quente.
Leia também: Conheça 13 curiosidades sobre os carros elétricos
Esse gigante dos ares é o transporte aéreo mais antigo que existe, tendo o primeiro voo ocorrido no século XVIII. Apesar de não ser tão popular quanto os outros meios citados, a magia de voar em balão de ar quente ainda encanta muitas pessoas ao redor do mundo. A seguir, confira 10 curiosidades sobre ele.
Em 1783, os irmãos Joseph-Michel e Jacques-Etienne Montgolfier lançaram um balão não tripulado de 225 quilos em Annonay, na França, que ficou cerca de dez minutos no ar. O rei Luís XVI quis uma demonstração. Assim, os irmãos mandaram para o céu uma ovelha, um pato e um galo, enquanto o rei, a rainha Maria Antonieta e 130 mil espectadores assistiam ao voo histórico sobre Versalhes. Os animais pousaram ilesos.
A França se tornou o epicentro do balonismo, e os americanos em Paris embarcaram na onda. “A partir de hoje, os viajantes podem passar de país em país nas asas do vento”, escreveu o diplomata John Jay, que fez um pausa na negociação do Tratado de Paris para assistir a um voo.
Esse grande evento acontece em Albuquerque, nos Estados Unidos. E o Mondial Air Ballons, realizado de dois em dois anos em Lorena, na França, quebrou o recorde em 2017 quando cerca de 450 balões subiram em menos de uma hora. O Mondial começou em 1989 para comemorar o bicentenário da Revolução Francesa.
Uma gafe balonística ocorreu em O mágico de Oz. No fim do filme, quando Dorothy embarca de volta para casa no estado do Kansas, o texto no balão de ar quente diz “State Fair Omaha” – Feira Estadual de Omaha –, que fica no estado de Nebraska.
Tradição borbulhante: Na França do século 19, os balões apavoravam os moradores. Assim, os pilotos passaram a levar champanhe a fim de acalmar as pessoas quando pousassem.
Avancemos para a manhã de um domingo de junho de 2019, quando o balonista americano Mark Stodolski pousou inesperadamente numa propriedade privada em Massachusetts. “Ah, o senhor se incomoda?”, perguntou Stodolski ao surpreso proprietário. “Não, tudo bem”, foi a resposta. Então Stodolski entregouuma garrafa de espumante ao homem, que então voltou para a cama.
Leia também: 13 curiosidades sobre jogos de tabuleiro
O envelope, ou seja, o balão propriamente dito com cerca de 25 metros de altura, é feito de náilon ou poliéster resistente ao calor e é parcialmente cheio de ar antes do voo. Na hora da partida, o ar é aquecido por queimadores de propano presos abaixo da boca do balão.
Os recordes em distância dos balões são extraordinários, porque é muito difícil manobrá-los. O vento a 30 metros de altitude pode ir para leste e, a 60 metros, para oeste. Assim, é preciso subir e descer até encontrar o vento desejado.
A altitude máxima em que já se voou num balão de ar quente foi 21 mil metros, quase o dobro da altitude de cruzeiro dos aviões comerciais; Vijaypat Singhania, da Índia, estabeleceu esse recorde em 2005. Nessa altura, é preciso usar máscara de oxigênio.
Em 17 de janeiro de 1991, o empresário britânico Richard Branson e o engenheiro sueco Per Lindstrand foram os primeiros a atravessar o Pacífico num balão de ar quente. Eles partiram do Japão, viajaram mais de 7.500 quilômetros em cerca de 46 horas e pousaram num lago congelado em Yukon, no Canadá.