13 curiosidades sobre a Dark Web

Há muitas coisas sobre esse lado da internet que as pessoas desconhecem. Descubra 13 fatos sobre a Dark Web, que você não sabia.

Rayane Santos | 4 de Novembro de 2021 às 14:00

gorodenkoff/iStock -

A Dark Web, – “rede sombria” em inglês – é uma coletânea de sites da internet que não são encontrados por meio de um navegador comum e que podem ser visitados anonimamente. Essa rede é, basicamente, uma “terra sem lei”, onde ocorrem os mais diversos crimes.

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Apesar disso, há essa parte da Web também tem seu lado bom, você sabia disso? Pois é. Há muitas coisas sobre esse lado da internet que as pessoas não saibam. Descubra a seguir 13 fatos sobre a Dark Web, que (provavelmente) você não sabia.

13 curiosidades sobre a Dark Web

1. Afinal, o que é a Dark Web?

Ao contrário da Surface Web (a “rede de superfície”, parte da internet que qualquer um consegue acessar), a Dark Web é um subconjunto da Deep Web (a “rede profunda”), que abriga prontuários médicos e financeiros protegidos por senha, páginas atrás de paywalls (cujo acesso é pago) e contas de e-mail na nuvem, como o Gmail.

2. Um ninho de atividades criminosas

Por ser anônima e criptografada, a Dark Web (o que não é nenhuma surpresa) é uma incubadora de atividades criminosas. Em seus mercados, vendem-se drogas, armas de fogo, pornografia, animais exóticos, números de cartão de crédito e muito mais, com fotos, descrições detalhadas e resenhas de usuários. Também há sites de ódio, fóruns de teorias da conspiração e tutoriais passo a passo de qualquer atividade ilegal imaginável.

3. Apenas acessar a Dark Web é um risco

Embora seja perfeitamente legal, o simples acesso à Dark Web é arriscado, porque não há tantas proteções embutidas quanto na Surface Web. Surfar nela pode expor a pessoa a software prejudicial, hackers, robôs e golpes.

4. Você não conseguirá acessá-la de seu navegador

Como não é possível chegar à Dark Web com um navegador comum como Chrome ou Safari, os usuários precisam baixar um navegador especial para chegar lá. 

O mais popular se chama Tor, sigla de The Onion Router (“o roteador cebola”). Ele se baseia em tecnologia desenvolvida pelo Laboratório Naval de Pesquisa dos EUA para proteger a comunicação de agentes americanos que operam em regimes hostis.

5. O pagamento? Criptomoedas

As compras na Dark Web são feitas com criptomoedas, que permitem transferência de dinheiro instantânea e anônima para qualquer lugar do mundo, sem intermediários. A Bitcoin era a moeda original preferida, mas vem perdendo esse status porque a polícia já consegue rastrear algumas transações feitas com ela. Os administradores do mercado da Dark Web estão experimentando outras moedas, como Monero e Litecoin.

6. O número de usuários cresceu

O número de usuários dos fóruns da Dark Web disparou durante o lockdown da Covid-19. Os criminosos aproveitaram o aumento do tempo online, as brechas de segurança criadas pela força de trabalho remota e a ansiedade das pessoas durante a crise.

7. Seus dados podem estar lá sem que você saiba

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Mesmo que nunca tenha visitado a Dark Web, é provável que seu cartão de crédito e suas informações bancárias estejam lá. Tanto o número quanto o volume dos vazamentos de dados aumentaram muito nos últimos anos, e pelo menos 115 milhões de cartões de débito e crédito vazados foram publicados nos mercados da Dark Web em 2020, de acordo com a empresa de cibersegurança Gemini Advisory. Os criminosos utilizam os dados furtados para fazer compras online ou os imprimem num cartão que pode ser usado em lojas e empresas.

8. Há um modo de garantir sua segurança

Um jeito fácil de manter seu cartão de crédito fora da Dark Web: veja se o endereço do site começa com “https” (o “s” significa “seguro”) antes de digitar suas informações de pagamento. Também é possível empregar um aplicativo móvel de pagamentos (como PayPal ou Apple Pay), cuja tecnologia esconde o número do cartão quando você paga.

9. Existem empresas que cuidam disso

Algumas empresas fazem uma “varredura da Dark Web” para ver se suas informações foram comprometidas. Mas não há por que pagar esse serviço. Para ver se seu e-mail ou número de telefone foram incluídos num vazamento de dados desse canto da Internet, visite o site Have I Been Pwned?. Se descobrir que está num vazamento, troque a senha e monitore suas contas financeiras – ou pense num congelamento do crédito.

10. Sua senha pode ser vendida na Dark Web

Há uma razão para os especialistas recomendarem que não se use o mesmo login e senha em sites diferentes. Os cibercriminosos da Dark Web compram bancos de dados com combinações de nome de usuário e senha vindas de vazamentos de dados. Depois, utilizam robôs para inserir as credenciais em portais de bancos e outros sites lucrativos até  entrarem numa conta.

11. Chantagens são muito comuns

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Fraudadores também usam as listas de nome/senha da Dark Web para o golpe bastante comum da chantagem: eles lhe mandam um e-mail dizendo que têm sua senha e a mostram como prova. Depois, afirmam ter hackeado seu computador e gravado suas visitas a sites pornográficos ou algo igualmente vergonhoso e ameaçam enviar o vídeo a seus contatos se você não pagar o resgate. Se isso lhe acontecer, não pague um tostão. Denuncie à polícia.

12. Policiais também usam a Dark Web

Cada vez mais, os órgãos policiais estão usando essa ferramenta para identificar e frustrar atividades ilegais. Em 2019, numa das maiores operações até agora, 338 pessoas foram presas no mundo inteiro como parte da derrubada de um site de pornografia infantil da Dark Web.

13. Nem tudo é ruim

Apesar de ser muito problemática, ela pode ser um salva-vidas para quem mora em países totalitários e quer acessar informações factuais e sem filtros. Em regimes opressores, as pessoas podem usá-la para exprimir com segurança opiniões contrárias ao governo e ter acesso a recursos e entidades de apoio. Ela também é um lugar onde denunciantes e fontes anônimas conseguem enviar segredos ou dicas a jornalistas e policiais sem comprometer sua identidade. Muitas entidades legítimas, como o New York Times e o Facebook, têm versões de seus sites na Dark Web.

por Michelle Crouch

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