Cada pessoa possui uma forma diferente de expressar amor. Saiba qual é a sua linguagem e a de seu parceiro e garanta um relacionamento feliz.
Expressar o amor da maneira que seu parceiro precisa senti-lo conecta vocês profundamente. O “eu te amo” certo fala direto ao coração — e preenche a necessidade de amor do seu parceiro do jeito certo. Usar a linguagem do amor errada seria como usar irlândes para se comunicar com alguém em Tóquio: a mensagem pode ser sincera, mas incompreensível.
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Como encher com água do mar um tanque de peixes de água doce, usar o idioma errado não vai obter os resultados desejados: um cônjuge feliz que se sente amado por você. Não saber a língua do amor de seu parceiro pode significar anos de frustração, mal-entendidos e sentimentos de rejeição e desamor, apesar dos seus esforços.
Quais são as 5 linguagens do amor?
Algumas pessoas sabem disso por instinto — e oferecem poemas de amor ou presentinhos, uma massagem nos pés ou um beijo, uma palavra gentil ou uma refeição caseira, dependendo do que fizer o outro feliz. Um terapeuta de casais que analisou profundamente o poder de falar a língua do amor certa é Gary Chapman, diretor da Marrige and Family Life Consultants, Inc., e autor de As cinco linguagens do amor. Ele sustenta que, quando você entende bem a mensagem, ela enche o “tanque de amor” do parceiro.
O trabalho de Chapman como conselheiro matrimonial levou-o a identificar cinco linguagens do amor diferentes que podem preencher necessidades profundas dentro de nós.
- Palavras de afirmação: elogios, agradecimentos, incentivo, palavras gentis.
- Tempo de qualidade: estar juntos, atividades e interesses comuns, boas conversas sobre sentimentos, pensamentos e ideias.
- Receber presentes: símbolos tangíveis do amor, grandes e pequenos.
- Formas de servir: cuidar da casa, do carro, da roupa suja, das refeições, do quintal, das finanças, do computador.
- Toque físico: afeto, aconchego, sexo.
O exemplo dos Strickland
Todo Dia dos Namorados, Bea e Jim Strickland, de San Jose, California, exigem cartões de 20 anos atrás. Eles servem como lembretes de uma importante lição de amor: o romance está nos olhos — e no coração — de quem vê.
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“Há vinte anos, deu a Bea um lindo cartão de Dia dos Namorados. Era preto, com a foto de um Corvette vermelho na frente”, recorda Jim. “Dentro havia uma mensagem muito simples, apenas ‘Eu te amo’ ou coisa parecida. Achei fantástico! Mas a Bea ficou decepcionada, e eu não entendia por quê.”
Por sua vez, Bea deu a Jim um cartão todo recortado, decorado com renda, corações e flores. Jim não achou o máximo. Os dois conversaram e chegaram a uma conclusão surpreendente: “Eu estava dando a ela o cartão de que eu gostava, e ela estava me dando o cartão que ela gostava”, conta Jim, rindo.
“Eu me dei conta de que você não dá a uma pessoa o presente que você quer, mas o que ela quer. Todo ano agora eu me esforço para encontrar as palavras certas — e espero que as rendas e flores certas também. Ela gosta de encontrar mensagens calorosas e elaboradas dentro. E ela me dá sempre o mesmo antigo cartão do Corvette!”
A importância de conhecer a linguagem do amor um do outro
O segredo? Como os Stricklands aprenderam com seus cartões, você e seu cônjuge provavelmente falam linguagens diferentes no amor — e tendem a expressá-lo na língua que entendem melhor, mesmo que não seja a que o outro recebe melhor. A genética e as experiências da infância dão forma à sua linguagem instintiva. Aprender a língua do seu par requer observação cuidadosa.
As recompensas? Um marido ou mulher mais feliz — e uma confiança renovada em suas próprias habilidades de agradar, apoiar e estimular seu par. “Tive de aprender a dizer ‘Eu te amo’ da forma que minha mulher, Janell, pudesse realmente escutar”, diz Hollie Atkinson, do Texas.
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“Gosto de cuidar dela fazendo consertos na casa e deixando seu carro sempre regulado e de tanque cheio — ela só precisa virar a chave e sair. Ela gosta disso, e se sente amada assim, mas percebi que isso não era suficiente. O que Janell realmente precisava virar a chave e sair. Ela gosta disso, e se sente amada assim, mas percebi que isso não era suficiente.
O que Janell realmente precisava era que eu me sentasse junto dela, olhasse em seus olhos e dissesse: ‘Conte-me sobre o seu dia. Como está sentindo?’ Isso é mega comunicação. Foi aí que seus olhos realmente se iluminaram.”
Por que começar agora, tão no início do casamento “O segredo dos recém-casados é um tempo de fixação — quando as mentes e as psiques dos dois estão abertas a novos hábitos de uma forma que nunca estarão novamente”, explica a Dra. Love.
“Essa é a época de aprender como se relacionar melhor um com o outro. De descobrir do que cada um realmente precisa. Os padrões que você estabelecerem agora vão durar pelo resto do casamento.”
Como descobrir a linguagem do amor de seu parceiro
Espere se sentir-se um pouco desajeitado de início
Sua linguagem do amor favorita é uma experiência profunda, formada cedo pela natureza e pela educação, depois reforçada por décadas de prática. Falar a língua do seu parceiro vai ser um pouco como o primeiro dia de aula de um curso de língua estrangeira. Não se preocupe com a perfeição — apenas dedique-se ao máximo.
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“A uma certa altura do relacionamento, Bea me perguntou se eu gostava de ser tocado”, lembra Jim Strickland. “Eu respondi: ‘Tudo bem. Não tem muita importância.’ Mas tentamos ser mais afetuosos fisicamente. Foi diferente para mim. Tive de me acostumar. Mas deu muito certo. Agora um momento muito gostoso é tirar um intervalo de dez minutos do que quer que estejamos fazendo, deitar na cama e apenas ficar abraçados.”
Descubra o dialeto único da pessoa amada — e o seu também
Assim como os idiomas têm sotaques e dialetos, as línguas do amor têm suas variações também, observa Chapman. Talvez você deseje intensamente um tempo de qualidade, em particular para uma conversa sincera em que os dois falam e escutam com cuidado. Talvez você precise de afeto e se sinta mais amado quando é beijado com frequência. Preste atenção às discretas nuances que realmente fazem brilhar os olhos do seu parceiro — e que enche o seu próprio coração.
Alcance um equilíbrio — continue a usar sua linguagem também
“Hollie gosta que eu faça coisas para ele”, conta Janell Atkinson. “É um prazer para mim, mas acho que nem sempre ele necessita do que faço. Gosto de escolher cartões e enviá-los. Às vezes faço coisas para Hollie que me dão grande satisfação, mesmo que não signifiquem muito para ele. E ele adora ser o ‘faz-tudo’ da casa. Se algo não funciona direito, ele conserta, e às vezes fica até melhor do que antes de quebrar. Ele faz isso por amor a mim, mesmo que não seja essa a minha principal linguagem do amor.”