Cerca de 9 mil participantes da Academia ao redor do mundo selecionam os premiados do Oscar.
Carol Ávila | 10 de Março de 2023 às 10:15
As premiações da indústria cinematográfica costumam gerar intensos debates. Será que promovem diversidade nos filmes? Será que tal prêmio não deveria ir para a outra pessoa? Muitas questões são levantadas no início de cada ano, época recheada dessas cerimônias.
A premiação dos Oscars, que acontece neste domingo (12 de março), por exemplo, pode até não ser um termômetro de qualidade, mas sua notoriedade é indiscutível no mundo da sétima arte.
Confira aqui a lista dos indicados ao Oscar de 2023.
Mas para poder debater com propriedade é preciso, primeiramente, entender melhor como funcionam as indicações e a escolha dos vencedores.
As premiações do Oscar são fruto de uma votação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas que, atualmente, conta com cerca de 9 mil membros votantes.
Cada membro pode votar de acordo com a sua respectiva área de atuação, além de poder votar (não obrigatoriamente) na categoria de Melhor Filme. O diretor brasileiro José Padilha (Tropa de Elite, 2007), por exemplo, foi convidado a fazer parte da Academia em 2013 e é apto para votar na categoria de Melhor Direção.
Leia também: Saiba onde assistir os filmes indicados ao Oscar 2023
Apenas convidados participam da Academia. Os critérios de convite exigem que uma pessoa precisa ser "indicada" por, no mínimo, 2 membros de sua área e/ou já ter sido indicado, pelo menos, uma vez na premiação.
O voto não é obrigatório e, por isso, em algumas edições do Oscar o número de votantes pode ser menor do que o total de membros da Academia.
A votação para os indicados pode ser um tanto complexa, pois envolve um extenso cálculo matemático. Além do cálculo, existem alguns critérios que devem ser obrigatoriamente seguidos para que um filme possa ser indicado ao Oscar.
Primeiramente, para que uma produção seja indicada à cerimônia do Oscar, é preciso respeitar alguns critérios como:
A votação para os indicados é onde as coisas começam a se complicar. Primeiro, cada membro vota na categoria de sua área e, se desejar, na de Melhor Filme. Cada membro vota na ordem decrescente, indicando do "melhor" ao "pior", de acordo com sua opinião.
Para que uma pessoa ou produção seja indicada, é necessário aparecer no topo da lista de, pelo menos, um membro da Academia. Quanto mais vezes aparecer no topo, maiores são as chances dos concorrentes serem indicados.
Os membros votam, neste primeiro momento, no total de indicações possíveis para cada categoria. Portanto, se alguém escolher votar para Melhor Filme, deverá indicar 10 candidatos (o número oficial de indicados para esta categoria).
Então, é dividida a quantidade de votantes pela quantidade de possíveis indicados (que alcançaram o topo) +1. Pode ser que, nesse cálculo, algum possível indicado tenha uma pontuação muito maior do que a "nota de corte". Nesse caso, é possível realizar uma espécie de doação para algum outro concorrente que esteja carente de pontuação. Os complexos cálculos vão se repetindo até que todas as possibilidades de doação de votos sejam esgotadas.
Ao final, teremos uma lista dos indicados de cada categoria. Em algumas edições, as pontuações não alcançam o total de vagas para a categoria de Melhor Filme, que possui o dobro de indicações do que as demais. Assim, é comum que tenham apenas 9 indicados para Melhor Filme, como ocorrido em diversas das últimas edições.
Essa votação é simples! Uma vez escolhidos os indicados, cada membro (tendo votado ou não na primeira etapa) pode participar em todas as categorias. Então, cada jurado escolhe uma indicação de cada categoria e quem tiver mais votos leva o prêmio para casa.
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