Como fazer amigos é uma dúvida muito habitual. Esse é um processo que envolve compartilhamento, um relaxamento gradual da vigilância do que se revela sobre si mesmo à outra pessoa.
Redação | 20 de Julho de 2019 às 12:00
Apesar de “amigo” ser uma palavra carinhosa que empregamos para nos referir a muitas pessoas em nossa vida, é comum termos dificuldade em definir exatamente o que é um amigo. Os psicólogos identificam o amigo como aquele que aceita o outro, com todos os seus defeitos, confia nele e se sente responsável por seu bem-estar. Ou, como disse o jornalista americano Walter Winchell: “Amigo de verdade é o que chega quando as outras pessoas estão indo embora.”
A amizade se equipara ao casamento e à família como uma das relações mais importantes de nossa vida. No entanto, pode ser a mais negligenciada.
A amizade fora dos laços consanguíneos e dos contratos matrimoniais desempenha um papel fundamental em nossa vida. Porque com o amigo podemos ser o que desejamos.
A aceitação por parte do outro afirma nossa personalidade e nos faz crescer como indivíduos.
Não fazemos promessas ao melhor amigo, mas temos expectativas implícitas: compreensão, carinho e cuidado. E, assim, esperamos que a amizade perdure.
Como a maioria de nós faz amizades desde o jardim de infância, tendemos a achar que o processo é instintivo. Até descobrirmos que a essência da amizade – como fazer a relação florescer, crescer e sobreviver – pode exigir mais atenção e habilidade do que imaginamos.
Para o escritor Ralph Waldo Emerson, “a única maneira de se ter um amigo é ser amigo”.
Fazer amizade é um processo que envolve compartilhamento. E um relaxamento gradual da vigilância do que se revela sobre si mesmo à outra pessoa. O amigo precisa aprender a equilibrar a tendência de se abrir com a necessidade de proteger os sentimentos um do outro.
A melhor das amizades se desequilibra quando um dos lados ganha mais peso. Não é o desnudamento total que traz intimidade à relação – mas a capacidade de ouvir e compartilhar.