Escrever bem não deve ser privilégio de jornalistas, advogados, escritores ou profissionais que ganham a vida a partir do texto.
Douglas Ferreira | 12 de Agosto de 2019 às 10:00
Escrever bem não deve ser privilégio de jornalistas, advogados, escritores ou profissionais que ganham a vida a partir do texto. Engana-se aquele que pensa assim.
Conseguir se comunicar com clareza é, também, o que nos diferencia. Através da linguagem informal, essa comunicação é menos problemática — ainda que eventualmente com erros. Já no uso formal, isto é, escrito, erros podem levar à total incompreensão do que foi dito.
Com o advento da internet, das redes sociais e dos aplicativos de mensagens, a informalidade passou a determinar a qualidade da escrita e, consequentemente, da leitura. Neste ambiente, a escrita ganha regras próprias, abreviações e até neologismos.
Saber escrever pode ser o fator determinante para conquistar uma vaga de trabalho, uma promoção ou simplesmente avançar na faculdade. Por isso, separamos 33 dicas que você precisa saber para começar a escrever bem. Aproveite!
A leitura permite aprender — na prática — normas gramaticais, além de aumentar naturalmente o vocabulário. Leia muito!
Não tente impressionar com uma escrita rebuscada. Priorize a clareza e a simplicidade.
Não raro, aquela grande ideia surge no momento mais inusitado possível. Portanto, tenha sempre à mão um caderno para rabiscar novas ideias. Sua escrita começa a partir dali.
Fazer a mesma coisa sempre aniquila seu processo criativo. Estabeleça novos hábitos e desfrute de uma nova perspectiva para começar a escrever.
Conhecimento nunca é demais. Apesar da leitura já possibilitar um estofo para escrever, não abra mão de consultar gramáticas eventualmente. Não é preciso aprofundar-se, a menos que deseje ser um professor.
Escrever todos os dias vai fazer você lidar com a tarefa com naturalidade e fluidez. As chances do famoso "branco" diminuem sensivelmente.
Experimente relatar um filme, série ou livro de maneira sucinta. O poder de síntese vai desenvolver sua capacidade crítica.
Expressões batidas como "abrir com chave de ouro" e "diabo foge da cruz", por exemplo, empobrecem o seu texto.
Evite palavras em outra língua tanto quanto possível.
A menos que o seu texto trate do tema, evite gírias. Denota pobreza de vocábulo ao leitor.
Evite palavrões ao longo do seu texto, salvo se você for Rubem Fonseca.
Generalizações fazem o seu texto raso, pobre de ideias e impossibilita o debate. Aprofunde-se sobre o tema escolhido, traga argumentos e sustente sua posição.
Escolha autores de sua preferência e copie trechos que te agradam. Essa técnica vai fazer você adquirir um estilo próprio — ainda que através do melhor de cada autor que pincelou.
Parece detalhe, mas o ambiente faz toda a diferença no processo criativo. Muitas vezes ele é a primeira inspiração para iniciar seu texto.
Repetir termos é sinal de pobreza vernacular. Para não cair neste erro, procure por dicionários de sinônimos.
Citar autores a todo instante pode demonstrar que você não tem ideias próprias.
Regra básica da escrita: maiúsculas no início das frases e para nomes próprios. Pelo menos até que você vire uma referência. O autor português José Saramago, por exemplo, usava minúsculas em nomes próprios. Neste caso, trata-se de "licença poética".
Música pode contribuir muito para o seu processo criativo e produtivo. Além disso, faz com que você evite distrações e foque no texto, com a trilha de fundo.
É importante que defina um norte para o seu texto antes de começar a escrever. Qual objetivo dele? Que tipo de texto quer produzir?
É importante que seu texto seja embasado independentemente do tema. Procure referências e enriqueça seu trabalho.
Usar verbos no gerúndio empobrece seu texto. Não recorra a este vício de linguagem.
Estruture e defina seu trabalho. Vai facilitar todo o processo.
É fundamental que seu texto guarde estes aspectos para que o leitor consiga entendê-lo. Cuidado com a concordância das frases!
Para manter a atenção do seu leitor, procure encantar através da construção da sua história.
Hoje, a concorrência com outros meios realidade e a distração é quase inevitável. Facilite a leitura: escreva um texto com sentenças curtas, parágrafos pequenos e seja claro.
Usar termos complicados pode denotar soberba ao leitor. Se puder facilitar, não pense duas vezes!
Aproxime seu leitor de você! Para isso servem as figuras de linguagem. Quando bem empregadas, enriquecem o seu texto.
É importante interromper o processo de produção esporadicamente para espairecer e, posteriormente, voltar à carga. Procure se distrair nesta parada para descansar.
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Ler em voz alta é a maneira mais eficaz de revisar seu texto. Assim, você consegue perceber a fluidez da comunicação, encontrar trechos confusos e encontrar eventuais erros.
É possível que você esteja com um olhar "viciado", já que o texto é seu. Por isso, às vezes passa despercebido um erro ou outro. Nada melhor do que pedir para uma outra pessoa ler o material.
É importante receber retorno dos leitores - ainda que negativos - e tirar lições a partir deles. Não leve para o lado pessoal.
Quando terminar seu texto, revise e edite tanto quanto necessário. É comum utilizarmos palavras que não fazem a menor falta em uma sentença, simplesmente para preencher espaço.
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