Para celebrar o Dia Mundial do Gato, nós selecionamos 10 curiosidades que vão ajudar você a compreender melhor o seu amigo felino.
Douglas Ferreira | 17 de Fevereiro de 2022 às 12:00
Muitas pessoas pensam que os gatos levam uma vida boa porque passam o dia cochilando e farreando à noite toda. Mas a verdade é que nem tudo é leite e caviar na vida dos felinos. E para desmistificar algumas afirmações sobre os nossos amiguinhos, nós fizemos uma pesquisa e reunimos tudo para você. Veja, abaixo, a resposta para algumas dúvidas que, provavelmente, você sempre teve.
Não, na verdade, os felinos podem aprender truques assim como os cachorros. Mas eles, muitas vezes preferem não executar. Há diversos exemplos de gatos que aprendem a buscar objetos, dar a pata e até abrir portas e girar torneiras, por exemplo.
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A diferença entre cães e gatos está na autoestima. Cães costumam olhar para os donos como o chefe da matilha e precisam de sua aprovação. Assim eles se sentem especialmente recompensados quando realizam um truque e são elogiados. Emocionalmente, os felinos não precisam de afagos de aprovação. Eles têm uma autoimagem mais saudável. Basta olhar para um gato depois de um salto mal calculado. Ele começa a se lamber calmamente, como que dizendo: “O quê? Eu? Cometi um erro idiota? Você deve ter imaginado.”
Sim, cães e gatos são parentes. Pelo menos é o que acredita Amy D. Shojai, especialista em felinos e autora de Complete Kitten Care (Guia completo de cuidados com gatos). Gatos – de leões a gatinhos de estimação – e cachorros têm os mesmos antepassados, os chamados miacídeos, criaturas semelhantes às doninhas que existiam na Terra há mais de 50 milhões de anos. É por isso que gatos e cães têm certas características semelhantes, como patas acolchoadas e dentes de carnívoros. Foi somente há três milhões de anos que os gatos, como os conhecemos hoje, apareceram.
Você pode até pensar que os gatos se lambem apenas para se limpar, mas é mais do que mera higiene. De acordo com Dr. Nicholas Dodman, da Faculdade de Medicina Veterinária da Tufts University, autor de If only they could speak (Se eles soubessem falar), quando os antepassados dos gatos levavam uma vida selvagem, os cuidados pessoais eram essenciais para a sobrevivência, pois eliminavam os odores da última refeição, evitando que os inimigos percebessem sua presença.
Afofar o pelo também permite melhor isolamento contra os elementos, o que é importante, por causa de seu pequeno tamanho. Hoje, ao que parece, os gatos se adaptaram a lamber-se por prazer também. Sua língua áspera lhes propicia uma automassagem, como se estivessem num spa.
Sim, é possível! Os donos devem procurar escovar ou pentear seus felinos todos os dias. Se o seu felino não gosta de escovas, existem luvas de pentear com pequenas saliências nas palmas. Elas removem pelos ao mesmo tempo que fazem aquela massagem de que eles tanto gostam. Existem ainda pastas à base de malte que ajudam os pelos a “escorregarem” pelo intestino até a caixinha de areia. Uma dieta rica em fibras, própria para controlar as bolas de pelo, também ajuda.
Membro da família da hortelã e aparentada das ervas comuns de cozinha, como a sálvia e o tomilho, a erva-dos-gatos é uma planta cinza-esverdeado que os primeiros colonizadores levaram para a América como base de um chá que alivia as indisposições do estômago. Ela contém uma substância chamada nepetalactona. De acordo com a veterinária Elaine Wexler-MItchell, essa erva pode ser considerada um alucinógeno. No entanto, ela não é perigosa e não vicia.
Quando inalada, a nepetalactona estimula o bulbo olfatório do gato e ativa o hipotálamo e a amígdala, ambos órgãos responsáveis pelas emoções e reações do corpo do felino. Ela estimula o “instinto predador” do seu pet, estimulado-o a correr e liberar mais energia desfazendo toda a tensão. Sendo assim, utilizar brinquedinhos com ervas-de-gato pode ser interessante, caso o seu gato esteja estressado e seja agressivo com visitas, por exemplo. Fazer com que ele gaste mais energia brincando pode ajudá-lo a se acalmar.
Os gatos só reagem à erva-dos-gatos a partis dos 6 meses, mais ou menos. Apesar de não viciar, o efeito pode perder intensidade se usada com muita frequência e por muito tempo. O recomendado é usá-la apenas uma vez por semana.
A pouca idade pode ser uma explicação. Alguns gatos, porém, seja qual for a idade, são mesmo bagunceiros. Existe um limite para o tempo em que alguém consegue passar dormindo e olhando as mesmas quatro paredes antes de ficar claustrofóbico. Os gatos recarregam as energias dormindo o dia inteiro e, quando as luzes se apagam, faz da casa um local de recreio.
Se o seu gato for muito bagunceiro de noite, tente mantê-lo ativo durante o dia e alimente-o à noite, bem tarde. O cansaço do dia e a barriga cheia o deixarão mais calmo. Veja 10 dicas de brinquedos caseiros para gatos.
Ao contrário do que alguns donos pensam, o desejo de caça do gato em nada tem a ver com a necessidade de ele se alimentar. Quando o gato leva algum bichinho morto para casa, o objetivo é alimentar você. Isso mesmo, para o seu gato você é um humano indefeso que faz parte do clã e por isso ele se sente obrigado a caçar para alimentá-lo. Além disso, ele gosta de se exibir – assim como os caçadores penduram as galhadas dos animais na parede.
Se você cortar as unhas do seu gato de forma correta ele não sentirá dor, mas talvez você machuque o ego dele. No entanto, a mania de afiar as unhas deve ser contida, ou melhor, redirigida, ainda que ela faça parte de seu DNA. Larry Lachman, autor de Cats on the counter (Gatos no balcão), explica que os gatos fazem isso para espalhar os odores localizados em suas patas e para marcar visualmente as árvores etc., a fim de delimitar seu território.
Tentar fazer um gato parar de arranhar é mais ou menos o mesmo que querer afastar adolescentes do celular. Se você não quer que seu gato saia arranhando os móveis, é melhor disponibilizar para ele um escoadouro para essa compulsão natural. Os gatos podem e devem ser ensinados a limitar os arranhões a arranhadores espalhados estrategicamente pela casa.
A cauda é um dos principais meios de comunicação dos gatos. A veterinária Katherine Houpt, da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cornell, estudou os detalhes da cauda felina e diz que os gatos as levantam ao cumprimentar e balançam quando se sentem frustrados. Abana a ponta da cauda, quando está observando a presa, e, no ataque, a mantém abaixada e afastada dos jarretes, com os pelos arrepiados.
A vibração é uma vocalização na garganta, enquanto o ronronar é como um motor interno que é ligado e fica roncando. Embora nós, humanos, suponhamos que o ronronar seja sinônimo de contentamento, isso nem sempre é verdade. Tanto o prazer quanto a dor liberam substâncias no cérebro que ativam o ronronar, de modo que os gatos doentes e os feridos também ronronam.
Agora que você já conhece um pouco mais sobre o seu felino, saiba quais frutas e legumes são liberados para cães e gatos.