Uma equipe de geólogos da Universidade de Toronto, no Canadá, realizou uma descoberta revolucionária para os estudos científicos. Os pesquisadores encontraram a existência de água corrente em ecossistemas remotos, com uma idade estimada entre 1,5 bilhão e 2,64 bilhões de anos.
O estudo traz importantes informações sobre a manutenção de formas de vida ao longo e bilhões de anos. A água antiga foi encontrada à uma profundidade de três quilômetros.
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Em entrevista à BBC News, Barbara Sherwood Lollar, líder da equipe de pesquisa, compartilhou os resultados obtidos através dos testes realizados com a água bilenar.
Segundo ela, os sinais encontrados nos fluidos são fortes indícios de atividade microbiológica ao longo de um período extremamente longo. "Os micróbios responsáveis por essa assinatura não poderiam tê-la produzido da noite para o dia", afirmou a pesquisadora.
Ao contrário do que se poderia imaginar, Sherwood informa que essa água não se encontra aprisionada em pequenos poços nas rochas. Na verdade, ela engloba uma torrente vigorosa, "fluindo a taxas de litros por minuto".
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A descoberta desafia as noções convencionais sobre a presença e a sobrevivência de vida em ambientes remotos e inóspitos. Os estudos da equipe revelaram a descoberta de novos sistemas ambientais que têm facilitado a investigação da biodiversidade microbiana e sua adaptação a condições extremas.
Em tese, a presença desses microrganismos indica a adaptação da vida sob condições extremas. Para sobreviver, esses organismos teriam usado substratos produzidops a partir da radiação.
Qual é o gosto da água mais antiga do mundo?
Em entrevista para a CNN, Barbara Sherwood respondeu à questão mais intrigante que rondava o assunto: afinal, qual é o gosto da água mais antiga do mundo?
Em meio à curiosidade pública, Sherwood Lollar relembrou um fato interessante: como geólogos que trabalham com rochas, eles muitas vezes têm uma abordagem única para entender os materiais ao seu redor. Nesse sentido, a cientista não hesitou em compartilhar sua experiência ao provar a água abissal.
Ao contrário das expectativas de um sabor salgado, a "degustação" revelou uma complexidade totalmente diferente. Sherwood Lollar descreveu a água como "muito mais salgada que a água do mar" e, surpreendentemente, "muito mais amarga". Revelação que já era esperad apelos sommeliers, pois a água abissal envelheceu por um período impressionante de dois bilhões de anos.