As construções subterrâneas foram feitas por imigrantes chineses que viviam em Mexicali.
Mexicali, cidade mexicana que faz fronteira com os Estados Unidos, e capital do estado de Baja California, foi fundada em 1903, e recebeu muitos imigrantes asiáticos como mão de obra barata para impulsionar o negócio agrículas. No entanto, a descoberta recente de uma escada revelou muito mais sobre o passado do local.
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A escada, que leva a um antigo cassino, revelou a existência de uma cidade subterrânea de imigrantes chineses. Quartos, comércios e até uma loja maçônica funcionavam conectados por túneis subterrâneos do atual centro histórico de Mexicali.
Os especialistas acreditam que as construções no subsolo foram uma estratégia adotada pelos imigrantes chineses para sobreviver às temperaturas extremas da região, que no verão podem chegar a 50ºC.
"A zona estava esquecida. Todos sabiam que a comunidade chinesa tinha construído a área, sabiam que havia moradias, sabiam que essa parte subterrânea existia, mas que ficavam em prédios privados e ninguém podia descer para visitar", contou Rosy Chen, neta de chineses em Mexicali.
Grande parte da comunidade chinesa vinha do próprio país, dos Estados Unidos ou de outras regiões do México, fugindo do racismo e xenofobia.
De acordo com informações de historiadores, publicadas no UOL, estima-se que em 1920, entre 2.000 e 17.000 chineses viviam em Mexicali. Por muitos terem advindo da migração ilegal e não constarem em registros oficiais, é difícil especificar o número.
O antigo cassino faz parte da tour "Origens e Segredos de La Chinesca", nome dado aos quarteirões onde se estabeleceram os primeiros negócios chineses e seus porões. A presença asiática segue bastante ativa em Mexicali, principalmente de descendentes chineses.
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