Confira a seguir como cães de resgate têm salvado vidas na Itália e mais 4 ótimas notícias que vão levantar seus ânimos.
Redação | 7 de Janeiro de 2022 às 14:00
Mesmo quando tudo parece que vai mal, sempre há uma boa nova a ser contada. Sim, muitas desgraças ocorrem diariamente ao redor do mundo. Contudo, da mesma forma, muitas coisas boas também acontecem. Confira a seguir como cães têm salvado vidas na Itália e mais 4 notícias que vão levantar seus ânimos.
Leia também: Proteção florestal bem sucedida e outras boas novas
Além de serem nossos melhores amigos, os cães também salvam vidas. A Escola de Cães de Resgate em Água, com sede em Milão, patrulha as praias italianas há mais de 30 anos. Cerca de 400 cães salva-vidas treinados e diplomados – labradores, terras–novas e pastores-alemães – salvam uma média de 30 vidas por ano.
O fundador, o ex-fotógrafo Ferruccio Pilenga, de 61 anos, voluntário do serviço de defesa civil da Itália, começou as operações com Mas, seu terra-nova. Pilenga e Mas salvaram várias pessoas nos primeiros anos, trabalhando lado a lado com a guarda costeira, as forças armadas e a polícia para resgatar marinheiros, mergulhadores e nadadores em todo o litoral italiano.
Pilenga usa o “sistema do golfinho”, no qual o tratador no barco segura o arreio do cão que nada até a pessoa em perigo. Com o passar dos anos, Pilenga incorporou várias embarcações e helicópteros a suas missões e começou a treinar outros cães.
Os voluntários podem matricular seus cachorros, mas o treinamento é árduo e leva pelo menos um ano. Os animais aprendem a pular na água de helicópteros e barcos de resgate, além de técnicas patenteadas de sobrevivência. Os terras-novas e outros cães que gostam de água são ótimos nisso, diz Pilenga, graças à sua força, pelagem resistente à água e capacidade de navegar nas correntes.
“Quando intervenho sozinho”, diz ele sobre salvar vidas, “estou sozinho. Quando intervenho com um cão, somos uma equipe de resgate.” Pilenga trabalha atualmente com outro terra-nova, chamado Reef, e já deu instruções a serviços de resgate dos Estados Unidos, da Alemanha e da Suíça.
Com muitos países abandonando os combustíveis fósseis a favor de fontes renováveis, o que fazer com as paisagens hoje tóxicas deixadas para trás? A Noruega teve uma ótima ideia. Ela está transformando sua última mina de carvão no Ártico, localizada no arquipélago de Svalbard, entre a Noruega e o Polo Norte, num parque com quase 3 mil km². (A mina tem décadas de existência e parou de funcionar em 2019.)
Svalbard já era ecologicamente importante: cerca de 20 milhões de aves fazem ninho nas ilhas no fim do verão, enquanto cerca de 3 mil ursos-polares usam seu gelo marinho como campo de caça. Agora, o Parque Nacional Van Mijenfjorden, com o nome de um dos maiores fiordes de Svalbard, unificará essa região selvagem e, com o tempo, lhe devolverá o estado imaculado, dessa vez bem administrado.
Em 2018, o orientador social de jovens Alvero Wiggins, de Halifax, no Canadá, recebeu o diagnóstico de insuficiência renal. Incapaz de trabalhar e na espera ansiosa de um transplante, o pai de quatro filhos, aos 33 anos, não teve opção além de se mudar com a família para uma moradia pública dilapidada.
Sarah MacLaren, uma das colegas de Wiggins, ficou horrorizada com a situação e organizou uma vaquinha online para comprar uma casa para a família. A vaquinha conseguiu vários milhares de dólares e também chamou a atenção de uma bondosa corretora de imóveis: Brenda MacKenzie, que também aguardava um transplante de rim. Com recursos adicionais levantados por advogados, comerciantes e a entidade de caridade imobiliária de MacKenzie, a família Wiggins tomou posse de um lar de quatro quartos no primeiro semestre deste ano. MacLaren a chamou de “casa milagrosa”. Mas foi um milagre realizado por anjos da guarda como ela.
Leia também: Mulher leva sorriso às zonas de conflito e outras boas novas
“Fast fashion”, entrega no mesmo dia e obsolescência programada: hoje esperamos que tudo seja entregue depressa e não esperamos que nada dure. Mas uma operação comunitária chamada Remade (“refeito”), em Glasgow, na Escócia, quer alterar esse modo de pensar.
Fundada pela ex-ativista ambiental Sophie Unwin, a Remade reúne técnicos especializados em três locais para ajudar as pessoas a consertar e reutilizar tudo, de laptops a lustres, de jeans a suéteres. (O custo é modesto; consertar um cabo de extensão quebrado, por exemplo, custa 8 dólares.) Os clientes também podem comprar computadores e outros aparelhos reformados, ou, em oficinas, aprender a consertar e restaurar seus próprios itens. Num mundo onde se joga tudo fora, a Remade é para guardar.
Faz tempo que Terence Crowster ajuda jovens desfavorecidos no violento bairro de Scottsville, na Cidade do Cabo, África do Sul. Em várias escolas secundárias, ele ajudou as crianças a desenvolver habilidades importantes e comandou programas de liderança de combate ao bullying.
Mas as novas bibliotecas que construiu com contêineres navais reutilizados – com doações e livros de segunda mão solicitados por meio do Facebook – foram o que realmente transformou o bairro. A primeira, inaugurada em 2017, foi chamada de Hot-Spot Library, a biblioteca do hotspot, referência tanto ao local na fronteira de uma área disputada por duas gangues rivais quanto à meta de ser um recurso útil aos jovens.
Apesar do local perigoso, a biblioteca prosperou. No primeiro ano, o número de inscritos chegou a 750 jovens. Hoje, as estantes contêm mais de 2 mil livros, e há programação educativa em seis dias por semana. Em julho passado, Crowster abriu uma filial no bairro vizinho de Scottsdene, com planos de outras filiais e bibliotecas sobre rodas.
“Se isso inspirar mais gente a se levantar e fazer sua parte, cumpri minha tarefa de mudar nossa comunidade”, diz Crowster.