Os estabelecimentos chamados de "host cafés" têm feito grande sucesso em algumas cidades do Japão recentemente. Mas não estamos falando exatamente da gastronomia, pois seu comércio vai além disso: vendem afeto e atenção.
Os cafés funcionam como um esquema de "aluguel de namorado", voltado majoritariamente para o público feminino. "A japonesa que entrar por uma dessas portas será tratada como nunca na vida", diz um anúncio na cidade de Shinjuku.
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O fenômeno também chegou até a capital Tóquio, onde mais de três mil lojas do tipo entraram em funcionamento. A proposta é que, ao entrar no host café, uma mulher será entretida por um dos atendentes, que costumam ser jovens atraentes, por até 90 minutos.
O objetivo é fazer com que essas mulheres gastem dinheiro enquanto são servidas de drinks e ganham uma companhia para conversar. Em entrevista ao Fantástico, Keiju, atendente de 22 anos de um host café, explicou sobre os objetivos de seu trabalho.
"Aqui não é só um lugar para beber drinks. Mas um lugar onde meninos muito bonitos te tratam bem. A gente quer fazer com que elas se apaixonem pela gente", conta o rapaz.
Keiju em entrevista para o Fantástico. (Imagem: Reprodução / Globo)
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Segundo ele, as técnicas utilizadas precisam se adaptar ao que cada mulher deseja. "Algumas só querem ouvir que são bonitas. Outras, que já ouve o tempo todo, não querem mais ouvir isso. Algumas têm maridos e namorados, mas continuam vindo aqui pelo jeito que são tratadas", disse Keiju.
O atendente ainda afirmou que a proposta não envolve um relacionamento sexual ou mais íntimo, mas que certas clientes excedem as regras e pedem algo a mais.
Cha Cha, diplomata de 41 anos e frequentadora do host café, conta que é atraída ao local pela beleza dos funcionários.
"Eu venho aqui porque amo homens bonitos. Eu nunca me envolvi muito com homens. Aqui, desde que você pague, você recebe atenção. Num relacionamento normal tem muitos momentos que são chatos. Mas aqui, como as regras são muito claras, é fácil conversar e você pode se divertir”, relatou a mulher ao Fantástico.
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Ao ser questionada se teria algo além da proposta com um dos atendentes, a diplomata disse que não, que enxergava os host cafés apenas como uma forma de sair da rotina.
Homens também podem ser atendidos nos host cafés, mas o objetivo não é fazer com que essa clientela se apaixone, afirma o atendente. Todavia, se houver a presença de homens gays a proposta continua a mesma.
