Estudo alerta para assédio de marcas a profissionais de maternidades

Indústrias do setor de alimentação infantil são vistas como assediadoras dos profissionais da saúde infantil

Redação | 22 de Agosto de 2022 às 13:31

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A Revista de Saúde Pública (RSP) publicou no dia 25 de julho de 2022, um estudo que alerta sobre assédio de marcas a profissionais de maternidades. Trata-se de infrações das industrias de alimentação infantil a Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL).

Os resultados podem ser encontrados no artigo Assédio da indústria de alimentos infantis a profissionais de saúde em eventos científicos, assinado pelo coordenador do Observatório de Saúda na Infância da Fundação Oswaldo Cruz Cristiano Boccolini e co-autoria das pesquisadoras Ana Carla da Cunha Velasco e Maria Inês Couto de Oliveira, ambas da Universidade Federal Fluminense (UFF).

De acordo com a Lei.11265/2006, fabricantes e distribuidores de fórmulas infantis, fórmulas para crianças de primeira infância, leites, alimentos de transição e produtos de puericultura estão proibidos de realizarem patrocínios financeiros ou materiais a pessoas físicas. Enquanto que o Decreto 9.579/2018, regulamentador da lei, define patrocínio como custeio de materiais, pesquisas, eventos ou participação de profissionais em atividades.

Para realização do artigo foram pesquisados entre 2018 e 2019, 217 profissionais da área da saúde em instituições com maternidade no Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Brasília, João Pessoa e Ouro Preto. O resultado da pesquisa alerta!

Resultado da Pesquisa

Dentro dos entrevistados da área, 85,7% participaram de congressos científicos nos últimos dois anos. 54,3% lembraram de empresas que produzem substitutos do leite materno estarem apoiando esses congressos. Feito o recorte dos pediatras, o número sobre para 71,1%.

A maioria dos entrevistados recebeu algum apoio material ou financeiro nesses eventos. Segundo Cristiano Boccolini, as empresas não são proibidas de patrocinar esses eventos, todavia, não podem fazer qualquer tipo de privilégio material ou financeiro aos profissionais participantes.

Sendo assim, utilizam de pequenas regalias para adquirir a confiança desses profissionais. Desta forma, assediam os profissionais que deveriam passar confiança sobre a alimentação materna. Opção mais segura para as mães e para os bebês

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Fonte: Agência Brasil