No inverno, o banho quente traz conforto, mas também pode causar infiltrações, vazamentos e prejuízos. Veja como se proteger com dicas práticas.
Douglas Ferreira | 3 de Julho de 2025 às 18:06
Nada como um banho quente nos dias frios, não é mesmo? Mas o que muita gente não imagina é que esse hábito tão comum no inverno pode trazer problemas sérios para a estrutura da casa, especialmente em imóveis antigos ou com instalações mal dimensionadas.
Rachaduras nos canos, infiltrações silenciosas, mofo e até alagamentos podem surgir por causa do uso frequente de água muito quente. Entenda por que isso acontece, como identificar sinais de alerta e o que fazer para se proteger de dores de cabeça (e gastos desnecessários).
Você provavelmente aprendeu na escola que o calor dilata os materiais, enquanto o frio os contrai. E é justamente esse princípio físico que está por trás dos problemas hidráulicos no inverno.
Quando tomamos banhos quentes longos em dias frios, os canos sofrem um choque térmico constante, o que pode levar a rachaduras, perda de vedação e vazamentos invisíveis. O risco é ainda maior se os materiais usados na instalação não forem adequados para conduzir água quente.
“Tubos de PVC convencional não são indicados para conduzir água entre 60 °C e 70 °C. Nessas condições, o material pode deformar, perder a vedação nas juntas e até se romper, caso não tenha sido especificado corretamente para esse tipo de aplicação”, alerta Ricardo Faulin, Gerente de Produtos da Amanco Wavin.
De acordo com o especialista, imóveis mais antigos ou que passaram por reformas sem acompanhamento técnico estão entre os mais vulneráveis. Quando a rede de água quente é projetada de forma inadequada ou feita com materiais impróprios, os danos vão de pequenas infiltrações (que geram mofo e danos estruturais silenciosos) a rompimentos graves, que exigem obras emergenciais e causam prejuízos significativos.
Para evitar ter algum problema semelhante aos relatados acima, o ideal é comecar pela escolha correta dos materiais na hora da construção ou da reforma. Escolher os materiais certos para cada tipo de instalação é essencial para garantir a durabilidade do sistema hidráulico. Veja as opções mais recomendadas por especialistas:
O Policloreto de Vinila Clorado (CPVC) é resistente à pressão e suporta até 82 °C. Indicado para condução de água quente, é fácil de instalar e mantém a integridade das juntas por mais tempo.
Tubos de PEX são flexíveis e permitem instalação com mínima interferência estrutural. Sua maleabilidade reduz o número de conexões e o risco de vazamentos. As junções são metálicas e feitas por prensagem, formando um sistema estanque e durável, com menor risco de vazamentos.
Em hospitais, hotéis e grandes empreendimentos, o ideal é usar o PPR (Polipropileno Copolímero Random). Nesse tipo de instalação, as tubulações são unidas por termofusão, formando uma peça única que elimina juntas expostas. Essa característica oferece alta resistência a impactos, variações térmicas e corrosão.
Para evitar prejuízos, a melhor opção é adotar medidas preventivas simples, como as que listamos a seguir; todas baseadas em orientações técnicas de especialistas e nas normas de segurança para obras e reformas.
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