"Modo ladrão": saiba como ativar a tecnologia antifurto do Android

O Google está desenvolvendo três novos recursos para dificultar o furto de telefones Android, bloqueando o celular em determinadas situações, como o acesso a apps bancários. A empresa anunciou essas funcionalidades em maio, durante a conferência Google I/O, e o Brasil será o primeiro país a receber os novos recursos.

A liberação das funcionalidades começa nesta última quarta-feira (7), e o alguns portais tiveram a oportunidade de testá-las em primeira mão. Confira tudo aqui!

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Entenda tudo sobre o 'modo ladrão'

Existem 3 tipos de bloqueios:

1. Bloqueio por detecção de roubo: O celular bloqueia automaticamente a tela se for retirado de forma brusca das mãos do usuário. Isso é possível porque o sistema operacional utiliza o acelerômetro, um sensor de movimento, para identificar movimentos abruptos que indicam um possível furto. O Google treinou uma inteligência artificial com diversas simulações para reconhecer esse tipo de ação.

2. Bloqueio de dispositivo offline: Se o celular ficar offline por um tempo, a tela será bloqueada automaticamente. Esse recurso é especialmente útil em casos onde o criminoso coloca o telefone em modo avião para evitar rastreamento. Mesmo assim, após alguns segundos, o celular se bloqueia, impedindo o acesso a aplicativos.

3. Bloqueio remoto: Em casos de perda ou roubo, o usuário pode acessar android.com/lock de qualquer dispositivo com internet, inserir seu número de telefone e bloquear a tela do celular. Para isso funcionar, é necessário que o número de telefone esteja verificado durante a ativação do serviço.

Em todos os casos, o celular pode ser desbloqueado usando senha ou biometria (seja digital ou facial), e uma notificação explicando o motivo do bloqueio aparece em seguida.

Experiência de uso e eficácia

Durante os testes, o único recurso que apresentou inconsistências foi o bloqueio por detecção de roubo. Em uma situação, o celular foi bloqueado enquanto o usuário subia uma ladeira, aparentemente interpretando o movimento como uma tentativa de furto. No entanto, o desbloqueio foi rápido e fácil com a digital.

O bloqueio remoto, por outro lado, foi muito eficiente. Após acessar android.com/lock e inserir o número de telefone, o bloqueio foi realizado em menos de 5 segundos. O bloqueio de dispositivo offline também funcionou conforme esperado, desativando a tela segundos após o celular ficar offline.

Esses recursos são projetados para fornecer uma resposta rápida em caso de furto ou perda do celular, permitindo que a vítima bloqueie a tela remotamente para proteger seus dados. Segundo Fabrício Ferracioli, gerente técnico de parcerias e engenharia do Android no Google, essas funcionalidades são especialmente relevantes para o Brasil, onde furtos de celulares são bastante comuns, conforme apontado pelo Anuário Brasileiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Em situações de roubo, onde a pessoa pode ser ameaçada para fornecer a senha do telefone, o Google está trabalhando em soluções que minimizem o risco à vida da vítima.

Vale lembrar que os celulares Android já contam com o app "Encontre Meu Dispositivo", que auxilia na localização do telefone quando conectado à internet. Além disso, a Samsung oferece um serviço pago chamado "Cadeado Galaxy", que permite bloquear remotamente celulares da marca roubados. O serviço custa R$ 39,90 por ano.

Como configurar os bloqueios

Os novos recursos estão em fase de testes e estão sendo liberados gradualmente para celulares com Android 10 ou superior. Inicialmente, as funcionalidades precisam ser ativadas manualmente, seguindo o caminho: Configurar > Google > Todos os Serviços > Segurança do Dispositivo e Proteção contra roubo. Em alguns aparelhos, o caminho pode ser ligeiramente diferente: Configurar > Google > Todos os Serviços > Proteção Contra Roubo.

Se o celular estiver atualizado e os recursos ainda não aparecerem, reiniciar o telefone pode ajudar a forçar a atualização. O Google ressalta que, por estarem em fase de testes, os três recursos podem não estar disponíveis de imediato, mas serão implementados em todos os celulares compatíveis com o tempo.

Fontes: O Globo e UOL.