Confira aqui 8 truques que vão te ajudar a ter uma boa terra e criar um solo propício para seu gramado e as suas plantas.
Ter um jardim em casa não precisa ser uma tarefa complicada. Com apenas alguns conhecimentos básicos, você já está apto para cuidar de suas próprias plantas. Algo que é necessário saber é que uma boa terra é essencial para o crescimento saudável de suas plantas. Em outros posts, reunimos 8 dicas de como cuidar de sua horta e 6 dicas para cuidar das suas plantas em vasos. A seguir, confira 8 truques que vão te ajudar a ter um solo saudável e criar um ambiente propício para seu gramado e as suas plantas.
1. Procure saber o tipo de solo de sua região
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Antes de começar a plantar, é preciso verificar a fertilidade do solo. O solo fértil é caracterizado pela cor escura e por sua porosidade, que propicia as trocas gasosas. A cor escura do solo se explica pela presença de matéria orgânica, que é a decomposição de todos os restos vegetais e animais.
Para saber mais sobre a natureza do solo da região onde você mora, o mais sensato é perguntar a um vizinho que tenha plantas viçosas, ou a um floricultor local, que lhe dirá o que esperar e qual a melhor maneira de tratar a terra.
Se você já acrescenta à terra compostagem, estrume e um bom fertilizante orgânico, como sangue, peixe ou ossos moídos, ela deve alcançar um bom equilíbrio de pH e de nutrientes essenciais. E fique de olhos bem abertos para saber quais as plantas que se dão bem nessa região, pois esse é um bom indicativo da condição geral do solo.
2. Saiba quando testar o solo é imprescindível
Se você está com dificuldade para cultivar uma planta que floresce bem na sua região, isso pode indicar um problema com o solo. Nesse caso, utilizar um equipamento apropriado para realizar o teste de pH poderá sugerir uma solução – como o aparelho não é barato, procure ofertas de usados em sites de leilão da Internet.
O teste vale também se você tem hábito de usar fertilizantes continuamente; você poderá economizar e evitar despejar substâncias químicas desnecessárias no jardim quando tudo que o solo precisa é de uma dose de cal ou esterco.
3. Economize com mulch
É essencial usar o mulch – material orgânico, como folhas, palha e turfa – junto às raízes para reter a umidade do solo e proteger as plantas de ervas daninhas. É claro que os donos das lojas de jardinagem do seu bairro ficarão felizes se você comprar esse material pronto e industrializado em seus estabelecimentos, mas há outra saída. Um material ótimo e barato é a fibra de coco reciclada, que pode ser adquirida pela Internet em sites como Coco Verde e Chácara Fitoplantas.
4. Não jogue fora nem queime as folhas
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Faça um recipiente de aramado e jogue dentro dele todas as folhas caídas. Elas se desmancharão, lentamente, para produzir folhas mofadas que são um excelente substituto para a turfa na compostagem – método de tratamento dos resíduos sólidos para produzir o composto fertilizante –, e também poderão ser usadas como condicionador do solo ou como mulch. Se você tiver um cortador de folhas com coletor interno, as folhas mofarão ainda com mais rapidez.
5. Use compostagem no solo, e não fertilizante
Uma compostagem bem-feita acrescentará nutrientes ao solo — tanto quanto qualquer fertilizante concentrado — e, além disso, irá melhorar a textura da terra. Você precisará usar cerca de 5 kg de compostagem por metro quadrado, então nunca jogue fora cascas de verduras ou lixo orgânico – trata-se de uma mercadoria valiosa – e comece a sua pilha de compostagem. O composto deve ser incorporado ao solo trinta dias antes do plantio. A cada colheita, espalhe a compostagem no solo à profundidade de 1,25 cm a 2,5 cm. A terra ficará mais fértil, fácil de trabalhar e com melhor drenagem.
6. Construa um recipiente simples para a compostagem
Para fazer compostagem com aparas do seu gramado, folhas e outros refugos do jardim e da cozinha, você precisará de um recipiente de bom tamanho ou de um espaço livre no quintal ou no jardim.
Tente estas dicas de especialistas da USP: para uma compostagem rápida (1 a 3 meses), alterne camadas de misturas verdes e materiais secos. Para arejar o empilhado, remexa e retalhe os materiais em bocados menores e umedeça-os. Para uma compostagem lenta (3 a 6 meses ou mais), adicione continuamente material ao caixote e mantenha a umidade.
Não utilize plantas doentes para isso e sempre pique bem os materiais para agilizar o processo. E anote: restos de comida são bem-vindos, mas alimentos de origem animal (carne, por exemplo) podem atrair ratos e pragas do gênero.
7. Faça uma composteira para a cozinha
Compre uma cesta de lixo de plástico barata, adapte uma torneira ou tampão perto do fundo e acomode-a sobre tijolos, dando altura suficiente para que você possa pôr outro recipiente debaixo da torneira.
Coloque no fundo um pouco de palha ou jornal rasgado e úmido, acrescente algumas minhocas vermelhas – ou Ensenia fetida (você pode encontrá-las na pilha de compostagem do jardim, mas há um monte de anúncios de minhocas ou larvas de minhocas desse tipo nas últimas páginas das revistas de jardinagem e na Internet) – e comece a depositar ali o lixo da cozinha.
As minhocas logo se encarregarão de transformá-lo em algo semelhante a uma turfa bem fina. Qualquer líquido que começar a se formar no fundo deve ser drenado e pode ser usado, diluído, como alimento para plantas de vaso.
8. Prepare um fertilizante líquido
Fertilizantes orgânicos líquidos são produzidos macerando-se compostagem ou outros restos de plantas em água até a infusão resultante estar rica em nutrientes e bactérias benéficas. O líquido é mais versátil do que a compostagem e pode ser usado para alimentar plantas de todos os tipos, substituindo fertilizantes caros.
O método mais simples é colocar um saco de musselina de compostagem orgânica num balde ou regador com água por dois ou três dias. Em seguida, remover com cuidado o saco e seu conteúdo e usar a mistura para alimentar as plantas.
Você também poderá usar estrume de ovelhas, se tiver como conseguir. Nutrientes líquidos à base de confrei e de urtiga costumam ser usados por jardineiros orgânicos. Para fazer um nutriente de confrei, deixe 3 kg dessa folha de molho numa cesta de lixo plástica com água pela metade. Tampe e use, sem diluir, depois de quatro semanas. Para fazer nutriente de urtiga, coloque 1 kg dessa planta de molho em aproximadamente 10 litros de água e use após duas semanas, diluindo uma parte de solução de urtiga para dez partes de água.