A privatização do Correios voltou a entrar em pauta no congresso nacional. Saiba tudo sobre o assunto e mantenha-se informado.
Thaynara Firmiano | 22 de Setembro de 2020 às 12:00
A privatização do Correios voltou a entrar em pauta no congresso nacional. As consequências dessa venda podem ser muitas. Segundo o Ministro das Comunicações, já há empresas interessadas na compra do serviço postal.
Os Correios realizam entregas em todos os municípios do Brasil. Além disso, o serviço possui o monopólio do envio de correspondências pessoais no país.
Demoras na entrega, produtos internacionais presos em Curitiba e muitos outros problemas, faz com que muitos considerem o Correios um serviço falho. Uma das mudanças que mais agradam os favoráveis à privatização dos correios é a redução do tempo de entrega. No entanto, uma preocupação de quem defende o contrário, são os riscos para as entregas dos municípios mais distantes. Algumas pessoas temem que o serviço possa ficar mais caro e/ou defasado. Afinal, a estatal oferece diversos serviços e realiza entregas em todos os municípios do Brasil.
Porém, o Ministro das Comunicações já esclareceu essa questão: “Quem comprar vai ter de continuar entregando [correspondências] em Tabatinga (AM), Macapá (AP), Santarém (PA) e Caixas do Sul (RS)”, declarou o ministro, em live.
Outro ponto que é bastante citado é a diminuição das greves. No entanto, não se leva em consideração o fato de que a greve é um direito de todos os trabalhadores, não é exclusivo de profissionais do Estado. Sendo assim, a privatização não é uma garantia de diminuição de greves.
Para a venda do serviço seria necessária uma mudança na Constituição, visto que apenas os Correios podem realizar a entrega de cartas. Por questões de segurança de dados, apenas uma empresa estatal pode ter a responsabilidade desse envio.
Para evitar que fosse necessário uma mudança na Constituição surgem algumas soluções como o desmembramento dos Correios. O Governo dividiria os serviços, vendendo apenas o setor responsável pelas entregas de uma forma geral e deixando o Serviço Postal para a estatal. Outra solução seria transformar a estatal em uma economia mista, com o Estado como sócio majoritário.