Você já reparou que a queda de cabelo costuma ser mais frequente no outono e no inverno? Normalmente, perdemos cerca de 100 fios por dia, o que é
Você já reparou que a queda de cabelo costuma ser mais frequente no outono e no inverno? Normalmente, perdemos cerca de 100 fios por dia, o que é considerado um padrão normal. Essa queda, que ocorre ao lavar ou pentear os fios, é importante para que possa haver uma renovação capilar.
No entanto, quando há padrões mais elevados dessa queda, já podemos considerar que há um problema. E assim, conhecer as causas é fundamental para que seja possível determinar a melhor opção de tratamento.
De acordo com o médico Breno Marques, Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e especialista em transplante de cabelo e em doenças do couro cabeludo, as estações mais frias do ano propiciam essa queda de cabelo. No entanto, há opções de prevenção e de tratamento. Confira!
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Por que há mais queda de cabelo no outono e no inverno?
Sabemos que o outono e o inverno são as estações mais frias do ano, e que propiciam diversas mudanças em nosso corpo — como o maior ressecamento da pele e a maior chance de desenvolvimento de alergias e resfriados. E embora as estações não sejam tão bem definidas aqui no Brasil, podemos notar uma variação considerável de temperatura.
“O outono, que é a estação subsequente ao verão, é a época em que mais podemos notar a queda de cabelo. Principalmente nas cidades ou países que têm essa variação do dia ou da noite mais definida, como no Sul do país, onde o verão o dia fica bem mais longo, então as pessoas costumam dormir menos e aí por conta disso tem uma alteração no sono vigília”, explica.
Alguns estudos também sugerem que o menor crescimento capilar no outono pode ocorrer como um mecanismo natural do corpo, que entende que não precisa defender o couro cabeludo contra a radiação — como ocorre nos meses mais quentes, quando há um favorecimento do crescimento dos fios.
“Essa queda ocorre no outono, pois é o período da fase Telógena, que dura de dois a três meses, entra no período do verão e caem no inverno, no caso dois ou três meses depois”, explica.
Já no inverno, o problema é outro: “as pessoas tomam banho com água mais quente, causando o aumento de oleosidade, descamação e caspa, o que pode causar a queda do cabelo. A orientação é tomar banho com água morna, evitando, assim, a água quente.”
Como manter os fios fortes e cheios de vida nessa época?
Para minimizar a queda de cabelo no outono e no inverno, é importante cuidar da saúde do couro cabeludo e ter bons hábitos de vida. Uma boa dica é fazer um cronograma capilar, que nada mais é do que um calendário de dias de hidratação, nutrição e reconstrução dos seus fios, de acordo com as necessidades que o seu cabelo apresenta.
Além disso, utilize sempre um shampoo adequado ao seu tipo de cabelo.
“O couro cabeludo oleoso precisa de um shampoo para tirar a oleosidade, o cabelo seco precisa de outro tipo. Manter a saúde dos fios e do couro cabeludo, principalmente as mulheres que fazem químicas, que têm coloração e alisamento, é imprescindível. Elas precisam ter um shampoo especial para hidratação, que é a reposição de água, proteína e de lipídios do cabelo, e quem tem queda ou calvície para fortificar o cabelo deve procurar o dermatologista para começar um tratamento”, explica o Dr. Breno.
Outra dica é apostar em esfoliações do couro cabeludo regulares. A esfoliação promove a renovação capilar e nutre os fios. Conheça três receitas caseiras especiais.
Fatores que podem agravar a queda de cabelo
Há muitos fatores que contribuem para a queda de cabelo. Entre eles, o dermatologista Breno destaca:
- Estresse;
- Perda de peso muito rápido;
- Deficiência de vitaminas e minerais;
- Cirurgias com anestesias gerais;
- Medicamentos anticoagulantes e anticonvulsivantes;
- Pós-parto;
- Suspensão de anticoncepcionais;
- Algumas doenças — como problemas na tireoide, lúpus, sífilis e deficiências vitaminas como zinco, ferro, vitamina D, e vitaminas do complexo.
O Dr. Breno Marques recomenda buscar um especialista para que o médico possa diagnosticar o tipo de queda por meio de exames, conversar com paciente para saber seu histórico genético e realizar testes laborais.
“Depois disso o médico saberá o melhor tratamento a seguir. Há vários tratamentos, como a MMP que é a microfusão de medicamentos na pele, laser, cremes, remédios orais, led, entre outros. Só o especialista saberá o melhor tratamento”, conclui.