Pesquisa mostra que pessoas de todo o mundo gastam em média 1/6 de sua vida cuidando da aparência; veja detalhes
Apesar de serem múltiplas e individuais, muitas pessoas possuem uma característica em comum: a vaidade. Para algumas pessoas, se maquiar, se pentear, escolher roupas, praticar exercícios físicos, cuidar da higiene corporal ou seguir uma dieta saudável são atos mais ligados à aparência física do que à saúde.
Cada vez mais os cuidados com a estética se inserem nas rotinas das populações e, segundo um estudo publicado na revista Evolution and Human Behavior, as pessoas passam até 1/6 de suas vidas cuidando da aparência.
De acordo com o estudo feito por 188 cientistas, as pessoas gastam em média quatro horas por dia para melhorar sua aparência física. Foram entrevistadas 93 mil pessoas em 93 países diferentes, que foram questionadas sobre a quantidade de tempo que gastam diariamente na tentativa de realçar sua beleza.
“Conseguimos coletar dados de quase 100 mil pessoas em uma amostra muito grande em termos de idade, educação e nível de renda, incluindo muitos participantes de países não industrializados sobre os quais não tínhamos dados anteriores”, contou Dmitrii Dubrov, um dos coautores e pesquisador do Centro de Pesquisa Sociocultural da Universidade HSE, de Moscou, na Rússia.
Diferentes teorias
A pesquisa vem sendo considerada como o maior estudo intercultural já feito até hoje sobre comportamentos humanos voltados para a estética e separam os resultados em diferentes teorias. A hipótese evolutiva aponta que as pessoas procuram melhorar sua aparência física para encontrarem um parceiro.
Já de acordo com a hipótese ligada ao patógeno caracteriza o cuidado estético como algo ligado ao histórico de doenças patogênicas graves. Essa teoria foi parcialmente confirmada pelos estudos, mostrando que os indivíduos que possuem esse histórico, tendem a investir mais nos cuidados com a aparência. Apesar disso, nada aponta para uma tendência diretamente ligada a patógenos em países específicos.
Outra confirmação da pesquisa foi o esforço maior de mulheres que sofrem com a desigualdade de gênero em suas culturas. A tendência mostrada é que essas mulheres acabem investindo mais tempo e mais esforço em seu embelezamento. Mulheres que habitam países progressistas mostram bem menos preocupações com a aparência física.
Tendências semelhantes
Durante os estudos, os pesquisadores se dedicaram a analisar as possíveis distinções entre diferentes faixas etárias. Assim, descobriram que idosos gastam tanto tempo quanto pessoas mais novas tentando melhorar sua aparência.
Outra análise feita foi entre pessoas em diferentes estágios do relacionamento romântico: pessoas no início da relação acabam gastando mais tempo trabalhando em sua aparência do que pessoas que são casadas ou já possuem um relacionamento duradouro.
A influência das mídias sociais
Nas pesquisas, o uso das mídias sociais se mostrou o maior impulsionador do investimento na aparência física. O que pode ser considerado algo previsível, visto que, em sua maioria, a mídia de massa valoriza um padrão de beleza que para grande parte das pessoas é distante da realidade.
À vista disso, usuários de redes sociais mais ativos - principalmente aqueles que buscam alcançar o padrão de beleza imposto - acabam procurando por mais meios de cuidar da aparência. Para entender mais a influência das mídias, confira agora esses 10 filmes que vão te fazer repensar o uso de redes sociais e novas tecnologias.
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