Cleópatra é uma das personalidades de maior relevância na história e um grupo de cientistas brasileiros reproduziram a fragrância da governante.
Cleópatra é uma das personalidades mais conhecidas do mundo! Carregando a alcunha de "última rainha do Egito", a governante é sinônimo de poder, sobretudo no que diz respeito à feminilidade, e o resultado da pesquisa de uma equipe de brasileiros pode nos ajudar a ter mais noção acerca dos atributos dessa autoridade tão icônica.
De acordo com o jornal Correio Braziliense, cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) conseguiram recriar o perfume usado por Cleópatra há três mil anos! Segundo o portal, a fragrância era considerada uma das mais famosas e exclusivas do antigo Egito e construída a partir de notas de canela, mirra e resinha de pinheiro.
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A receita do perfume produzido pelos brasileiros tem origem em um artigo científico alemão de 2021, de nome "Eau de Cleopatra". Diversos documentos apontam a existência de uma famosa fragrância fabricada na cidade de Mendes, região que funcionava como centro comercial, dentre eles uma fábrica de frascos de vidro para fragrâncias, cujas ruínas foram localizadas em 2012.
As fontes para esses artigos são os estudos de Dora Goldsmith, egiptóloga especializada em aromas do antigo Egito. Tendo em vista que os perfumes eram utilizados exclusivamente pela alta classe, pesquisadores acreditam que a própria Cleópatra também possa ter feito uso da fragrância.
Como era o cheiro do perfume de Cleópatra?
Pelo resultado apresentado, o perfume utilizado por Cleópatra era adocidado e amadeirado, porém, bastante diferente das atuais fragrâncias, já que sua composição não contava com álcool, ingrediente que só entrou na formulação das fragrâncias a partir do ano de 120. Na época da rainha, os perfumes eram diluídos em óleos.
Anelise Regiane, coordenadora do Laboratório Quimidex, do Departamento de Química da UFSC, explicou ao Correio Braziliense sobre o processo de produção de perfumes no antigo Egito.
"Especificamente no caso do Egito, eles usavam como base o óleo de balanos, de uma árvore conhecida como tâmara do deserto (Balanites aegyptica), que praticamente não tem nenhum cheiro, e nele, cozinhavam a resina de pinheiro, a mirra, a canela acácia e a canela verdadeira."
A especialista afirmou que as canelas têm cheiros bem distintos. Enquanto a alcácia conta com um teor mais amadeirado, a verdadeira é mais semelhante a que usamos até hoje.
"A mirra tem um aroma adocidado, balsâmico, que, para muita gente, remete à uva passa. E tem ainda a resina de pinheiro, que dá um frescor."
Como um todo, Regiani aprovou o perfume: "O cheiro é muito bom, muito gostoso, a gente sente bem o especiado da canela e o adocidado da mirra."
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