Saiba o que é o conceito e 'design inclusivo', que está sendo adotado por cada vez mais empresas do ramo da beleza.
Pode ser que você não pense em designs de produtos inclusivos com frequência, mas você já tentou abrir um batom com uma mão só ou identificar a cor de uma base apenas pelo toque? Para muitas pessoas, isso não é apenas um desafio ocasional, é uma realidade corriqueira. Durante muito tempo, a indústria da beleza não deu a devida atenção às necessidades de quem vive com deficiências físicas, visuais ou motoras. Contudo, essa realidade está começando a mudar graças ao design inclusivo.
O que é design inclusivo?
Design inclusivo é uma abordagem de criação que busca desenvolver produtos, serviços e experiências que funcionem para o maior número possível de pessoas, independentemente de suas habilidades ou limitações.
Ao contrário dos conceitos de design universal, que foca em soluções padronizadas para todos, ou do design acessível, que adapta produtos já existentes, o design inclusivo nasce com a diversidade em mente desde o início.
Na prática, isso significa pensar em formas, materiais, interfaces e instruções que considerem diferentes capacidades físicas, cognitivas, sensoriais e motoras. O design deixa de ser apenas uma questão estética para se tornar também um agente de inclusão social. Usualmente, o design inclusivo consiste nos pilares abaixo para a sua confecção:
Reprodução / Blog Page Proof - Design Inclusivo
Como o design inclusivo chegou à indústria da beleza
A indústria da beleza é norteada pelos padrões de beleza e pela motivação de vender, por isso, embalagens complexas, informações apenas visuais e aplicadores pouco funcionais excluíam muitas pessoas da experiência completa de autocuidado. Por décadas, quem não se encaixava no “padrão” normativo era deixado à margem, inclusive no uso de cosméticos.
Apesar disso, recentemente é possível observar um movimento crescente por representatividade e a inclusão vem ganhando força. Celebridades, influenciadores PCDs, ativistas e até os próprios consumidores passaram a cobrar marcas por mais empatia e inovação, fazendo com que algumas marcas repensassem na sua forma de desenvolver produtos.
Exemplos de design inclusivo em marcas de beleza
Como citamos acima, algumas marcas já entenderam o poder transformador do design inclusivo e estão sendo vanguardistas nesse movimento de mudança na indústria. Empresas como a Rare Beauty e a Boticário vêm investindo em embalagens ergonômicas, tampas fáceis de abrir, instruções em braile, e aplicadores adaptados para mãos com tremores ou com mobilidade reduzida.
Quer conhecer mais marcas e produtos que estão apostando em uma beleza sem barreiras? Confira nossa matéria.
Por que o design inclusivo importa para todos nós
Engana-se quem pensa que o design inclusivo beneficia apenas pessoas PCD. Na verdade, soluções acessíveis tornam a experiência de uso mais prática, intuitiva e agradável para todos, afinal, quem nunca teve dificuldade para abrir uma embalagem de esmalte ou para ler letras minúsculas em um rótulo?
Quando se adota o design inclusivo como princípio, o potencial de inovação e valor agregado para todos os consumidores é ampliado de forma assertiva e proporcionam mais facilidade e uma melhor usabilidade no dia a dia.
No fim das contas, quando o design considera todas as pessoas, todo mundo sai ganhando. E a beleza, enfim, se torna uma experiência livre, diversa e verdadeiramente inclusiva.