Dormir bonita é o grande foco dessa trend, mas o excesso de produtos na hora do sono pode gerar malefícios
“Quanto mais feia você dorme, mais bonita você acorda.” Esse é o lema da nova tendência viral das redes sociais, chamada morning shed. A prática envolve uma rotina noturna de cuidados com pele e cabelos que está longe de ser minimalista.
O termo pode ser traduzido como “manhã” (morning) e “livrar-se” ou “despir-se” (shed), já que as adeptas do movimento se filmam pela manhã, retirando todos os acessórios e produtos aplicados antes de dormir.
A rotina de cuidados da trend Morning Shed
Essa rotina, no entanto, vai além do simples cuidado noturno. Ela envolve o uso de máscaras faciais, adesivos para os lábios e nariz, fitas antirrugas, bandagens para o queixo, rolos de cabelo e toucas de seda, tudo com o objetivo de economizar tempo ao acordar. Apesar de parecer uma solução prática, essa “noite de beleza” pode se transformar em um pesadelo para a saúde da pele.
Riscos da trend Morning Shed para a pele
A Dra. Paula Colpas, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e consultora da TheraSkin®, alerta sobre os riscos de se manter produtos na pele por longos períodos. “O contato prolongado com os ativos das máscaras faciais pode causar irritações e ressecamento, deixando a pele mais sensível. Além disso, adesivos usados na boca podem dificultar a respiração durante o sono e causar irritações nos lábios”.
Ela também ressalta os perigos de misturar muitos produtos com diferentes ativos: “Essa combinação pode ser prejudicial, já que alguns ingredientes podem se tornar excessivamente concentrados ou perderem a eficácia ao se diluírem uns nos outros”.
Por fim, a Dra. Paula reforça a importância de moderação: “O uso exagerado desses produtos, sem orientação de um dermatologista, pode ser extremamente prejudicial para a pele. Uma rotina eficaz de skincare noturna não requer muitos produtos. O ideal é sempre consultar um dermatologista para identificar os produtos adequados ao seu tipo de pele e aprender como usá-los corretamente”.
Fonte: Dra. Paula Tavares Colpas (CRM/SP: 129556 - RQE: 34206)