Saiba o motivo pelo qual a Europa baniu ingrediente utilizado para fabricar esmaltes em gel e qual o nome da substância.
Os esmaltes em gel se tornaram uma verdadeira febre dentro do mundo da beleza por proporcionarem uma durabilidade maior para as unhas, contudo, um alerta emitido pela União Europeia chamou a atenção para a formulação desses produtos. Os países da agrupação econômica e política proibiram o uso da substância ‘óxido de trimetilbenzoil difenilfosfina’, ou TPO, presente em diversos produtos de esmaltação, devido aos riscos associados à saúde. Enquanto isso, no Brasil, a utilização continua liberada, o que reacende o debate sobre regulamentação e segurança no setor de cosméticos.
O que é o TPO e por que preocupa especialistas
O ‘óxido de trimetilbenzoil difenilfosfina’ é um composto químico utilizado para garantir fixação e durabilidade ao esmalte em gel, sendo considerado uma substância fotoiniciadora, reagindo à luz UV e endurecendo o esmalte em gel.
No entanto, há evidências científicas que apontaram que a substância pode causar reações alérgicas graves, como dermatite de contato, coceira intensa, vermelhidão e até bolhas na pele. Além disso, quando manipulado sem proteção adequada, essa substância pode trazer riscos à saúde de manicures e profissionais da beleza, que ficam expostos com maior frequência.
Na Europa, a proibição veio após análise da Agência Europeia de Produtos Químicos, também conhecida como ECHA, que classificou o TPO como uma substância sensibilizante e potencialmente cancerígena, mutagênico ou tóxico para a reprodução. A medida obrigou fabricantes, importadores e salões de beleza a retirar produtos com a substância do mercado.
E no Brasil, por que ainda é permitido?
Por aqui, a Anvisa ainda não baniu o TPO e nem vetou a comercialização de produtos com esse ingrediente. A substância segue liberada em esmaltes e produtos para unhas, desde que dentro das concentrações permitidas pela legislação vigente.
Apesar disso, a proibição do uso dessa substância pela União Europeia acende um alerta em consumidores e principalmente para profissionais cujo trabalho os exponha a essa substância continuamente. Se esse é o seu caso, se atente aos sintomas possíveis de alergia e em qualquer manifestação, procure ajuda médica.