Ontem, no dia 31 de maio, celebrou-se o Dia Mundial Sem Tabaco. A data foi criada em 1987, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para alertar sobre as
Julia Monsores | 1 de Junho de 2021 às 17:31
Ontem, no dia 31 de maio, celebrou-se o Dia Mundial Sem Tabaco. A data foi criada em 1987, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. O hábito de fumar é, com certeza, um dos que mais traz danos à saúde.
O tabagismo é um velho conhecido de muitos problemas de saúde sejam respiratórios ou não. A constatação de que o cigarro contém substâncias tóxicas e que pode provocar mais de 50 doenças graves já é de conhecimento da grande maioria da sociedade, no entanto, ainda convivemos com um número significativo de fumantes.
Estima-se que o cigarro mata mais de 8 milhões de pessoas por ano (OMS), além de todas as outras consequências para quem fuma ou até para quem convive com um fumante.
De acordo com a Médica Tricologista Dra. Luciana Passoni, o hábito de fumar traz sérios prejuízos para a qualidade do cabelo, que tornam-se mais frágeis.
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“Fumar ajuda na queda de cabelos, isto porque ao longo dos anos as substâncias tóxicas do cigarro como a nicotina enfraquecem as mechas e levam a uma degeneração dos folículos capilares que abastecem as extremidades do corpo, como é o caso do couro cabeludo. Pode-se tornar um dos principais causadores da queda do cabelo, resultando até em uma queda acentuada, com sinais de calvície. O fluxo sanguíneo é prejudicado pelo acúmulo de nicotina que se aloja nas paredes das veias, reduzindo a circulação sanguínea, o fumo impede que nutrientes importantes, que mantêm os cabelos saudáveis e bonitos, cheguem até a raiz”, explica.
A Dra. Luciana Passoni também destaca: “A temperatura do cigarro também contribui para o envelhecimento precoce, deixando o cabelo com aspecto opaco e ressecado, favorecendo o surgimento de pontas duplas. Por mais que o fumante cuide dos fios, eles nunca terão o mesmo brilho e a mesma força de um cabelo bem cuidado de um não-fumante.”
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Muitas pessoas sabem do malefício do cigarro principalmente na relação que o efeito cutâneo tem com alguns cânceres no corpo humano, no coração e na pele também.
“A nicotina e outras toxinas presentes no cigarro aumentam a produção de radicais livres, são moléculas que agridem o funcionamento normal de várias funções da pele, na vascularização inclusive na quebra de DNA e logo isso se vê no médio e longo prazo os efeitos do cigarro na pele”, explica o Dr. Fernando Macedo, Médico Dermatologista.
De acordo com ele, um dos efeitos muito aparentes é a perda do colágeno, que faz com que a pele tenha mais rugas e linhas de expressão.
“Além disso, um outro ponto bastante fácil de identificar é o aspecto da cor: ela vai assumindo um tom mais acinzentado, eventualmente até bem opaco, mais esverdeado, e os poros ficam mais dilatados. E, por obstrução dos folículos, pode aparecer uma grande presença de cravos”, conta.
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“Sem desprezar que a nicotina gera dependência, mas sabemos que a dependência emocional é um dos grandes motivos para não largar o fumo. O cigarro acaba sendo a muleta daquela pessoa que não consegue controlar suas emoções ou até mesmo seu trauma”, afirma Dr. Junior Silva, Psicanalista e referência no assunto.
“O cigarro ainda pode causar inúmeras doenças, como problemas respiratórios, impotência sexual, infertilidade, complicações na gravidez, envelhecimento precoce, enfraquecimento do olfato e do paladar”, complementa Dra. Luciana.
Segundo o especialista Dr. Junior, para conseguir abandonar o hábito de fumar é necessário conscientizar-se e manter-se fiel à escolha de abandonar o vício.
“Quantas pessoas sabem do mal que ele faz e mesmo assim não consegue parar de fumar? Acontece que tem um outro lado, que tenho certeza de que você já viu também, que são pessoas que às vezes fumam 1 ou 2 maços de cigarro por dia e do nada dizem: não vou fumar mais! E de repente param de fumar. Sabe por quê? Porque a decisão do hoje faz a mente dela dizer um basta para todo mal que o cigarro faz. Assim, é uma decisão em que a mente entende: tenho vício, me faz mal, não sei como fazer, mas estou decidido a parar. A decisão consciente faz a pessoa entender tudo isso e procurar ajuda para aquilo que ela não sabe dar conta sozinha”, explica.
Isso acontece também quando a pessoa é viciada em drogas e álcool. “Quando ela decide sair dessa vida, toma consciência e age onde ela dá conta… e sem medo! E assim, pede ajuda para profissionais caso não dê conta. Esse é o caminho para todo vício”, explica Dr. Junior.
Dra. Luciana Passoni – Médica tricologista:
“Se estiver pensando em parar de fumar, saiba que esses danos causados no seu cabelo podem ser reversíveis. Corte o cigarro e aposte em uma dieta balanceada para começar a ter um cabelo saudável de volta, já que o crescimento dos fios acontece de forma bastante rápida – cerca de um centímetro por mês.”
Dr. Fernando Macedo – Médico Dermatologista:
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“O mais importante é a pessoa parar de fumar para que esses danos tendam a diminuir. No entanto, a pele, mesmo para o fumante, já deveria ser cuidada com ativos para a promoção de novos colágenos, para aumentar a elasticidade, a lubrificação e a hidratação. Além disso, também é válido realizar procedimentos que possam melhorar o envelhecimento causado pelo fumo, como os lasers e a aplicação de toxina botulínica. Esses podem atenuar as rugas de expressão e melhorar a qualidade e o aspecto da coloração da pele.”
Dr. Junior Silva – Psicanalista, Hipnólogo e Coach:
“A hipnoterapia é um recurso pouco conhecido, mas muito eficaz para quem quer parar de fumar. Em cerca de 90% dos casos o indivíduo consegue parar de fumar, em uma única sessão, porque vamos nas causas emocionais que as prende ao cigarro. Qualquer um pode conseguir? Bom, a pessoa pode ter boas intenções, mas o segredo é a decisão de querer parar de fumar, ter consciência não basta, tem que tomar a decisão: não quero mais isso para minha vida. Com essa decisão e com ajuda do profissional ela vai conseguir vencer o vício do cigarro.”
Com informações de Amanda Galdino.