Saiba se criança pode pintar cabelo, segundo opinião de especialistas, ou se a mudança de visual feita pelas filhas de Virgínia é prejudicial.
Thyago Soares | 24 de Outubro de 2025 às 13:00
A influenciadora Virgínia Fonseca voltou a gerar debate ao postar imagens da filha Maria Flor com os cabelos coloridos na internet. A mudança despertou elogios, mas também suscitou a dúvida dos internautas acerca dos potenciais riscos de usar tinta para os cabelos em crianças e quais podem ser as implicações para a saúde.
“E vocês acharam que só a mamãe mudou o cabelo?! Não, elas também passaram umas horinhas no salão e fizemos dias de meninas, eu achei um charme essas mechinhas rosas, elas me pediram, pediram para o papai e ficaram simplesmente lindas”, escreveu Virgínia em sua rede social, compartilhando foto de suas filhas com as madeixas coloridas.
Segundo a médica Renata Castro, em entrevista à revista CARAS pintar o cabelo de uma criança exige muita cautela. A profissional explica que os fios e o couro cabeludo de crianças ainda estão em desenvolvimento e são mais sensíveis a substâncias químicas, o que pode elevar o risco de irritações, alergias ou até danos ao folículo capilar.
“É importante lembrar que o couro cabeludo infantil e o sistema imunológico ainda estão em desenvolvimento. Isso eleva o risco de reações adversas e de efeitos a longo prazo, como a absorção de metais pesados contidos nas tinturas convencionais. Essa sensibilização pode, inclusive, ser permanente para a vida toda”, explicou a especialista.
Além disso tricologista ainda aponta que há evidências científicas de que o uso de coloração de cabelo em crianças pode ocasionar em mudanças hormonais nos pequenos, o que possivelmente impacta no desenvolvimento e pode ser sentido no futuro.
Castro também aponta que para aqueles pais que realmente desejam proporcionar aos seus filhos um momento de mudança estética temporário e seguro, é imprescindível optar pelo uso de produtos que não ocasionem em mudanças permanentes.
“Existem alternativas seguras e educativas que podem ser estimuladas. Em situações pontuais, como festas, eventos ou simples desejo estético, o ideal é preferir tinturas vegetais temporárias, como hena pura e pigmentos naturais. Também é essencial evitar qualquer aplicação em couro cabeludo ferido, sensibilizado ou com dermatite”, pontuou a especialista.
Renata, então, aponta que mesmo que haja o desejo por parte das crianças de realizar mudanças nos cabelos, é importante que os pais e responsáveis pratiquem uma educação positiva e que incentivem a que os pequenos se amem do jeito que são.
“É importante valorizar a educação estética positiva, incentivando o amor pelo cabelo natural e a construção de uma autoimagem saudável desde cedo. Se for apenas uma mudança temporária, com sprays coloridos ou tonalizantes próprios para crianças, sem amônia e sem oxidantes, não há problema. Mas tinturas permanentes e descoloração não são recomendadas nessa fase”, enfatizou.
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