Embora a maioria dos pacientes procure a cirurgia plástica visando fins estéticos, em muitos casos também pode ser aplicada uma cirurgia plástica
Redação | 12 de Abril de 2021 às 18:24
Embora a maioria dos pacientes procure a cirurgia plástica visando fins estéticos, em muitos casos também pode ser aplicada uma cirurgia plástica reparadora, que ajuda a aumentar a autoestima e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos. Normalmente, elas são indicadas quando há alguma deformidade congênita (de nascença) ou algum trauma na região — como queimaduras, por exemplo.
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Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o Brasil já ultrapassou os Estados Unidos no número de intervenções cirúrgicas. De acordo com o último levantamento foram realizadas mais de 1 milhão 498 mil cirurgias plásticas estéticas em nosso país, além de mais de 969 mil procedimentos estéticos não-cirúrgicos.
Dentre as cirurgias mais buscadas estão o aumento mamário com próteses de silicone, a lipoaspiração e a abdominoplastia. No entanto, desse total, pelo menos 40% são cirurgias reparadoras, que visam devolver a capacidade funcional do indivíduo. É possível realizar essas cirurgias reparadoras pelo convênio do seu plano de saúde ou por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Confira mais informações!
Geralmente, a cirurgia bariátrica é a opção de pessoas que apresentam grau de obesidade elevado e que não conseguem perder peso com as formas tradicionais de emagrecimento (dieta e exercícios). Embora seja considerada uma cirurgia de risco, ainda é muito realizada em todo o país.
E isso porque as pessoas geralmente se submetem a uma cirurgia bariátrica por motivos de saúde, pois o peso excedente representa riscos, como hipertensão, diabetes mellitus e doenças articulares.
“A mudança física decorrente da cirurgia acontece de forma rápida e, com isso, o paciente acaba ficando com um grande excesso de pele em áreas como costas, braços, abdômen e coxas, o que favorece o surgimento de doenças de pele. Nesses casos, são indicadas cirurgias plásticas reparadoras para a retirada da gordura localizada e o excesso de pele’, explica o cirurgião plástico Alexandre Kataoka, que é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Desde 2019, a cirurgia reparadora pós-bariátrica é custeada pelos planos de saúde. A técnica consiste em um conjunto de procedimentos que removem esse acúmulo de pele e acabam com a flacidez, melhorando a aparência da região. Após a avaliação médica, podem ser indicados diversos procedimentos, como por exemplo: lifting da parte inferior do corpo, dos braços e coxas; elevação da mama e abdominoplastia.
As queimaduras graves comprometem a sensibilidade da pele, limitam sua elasticidade e podem atingir até nervos e músculos, conforme sua profundidade. Por isso, nesses casos, realizar uma cirurgia plástica reparadora é aconselhável.
“Dependendo do nível da queimadura e sua gravidade é fundamental recorrer a uma cirurgia plástica reparadora para que possa ser feita a reconstrução da pele que foi lesionada e reabilitar o paciente para que ele possa recuperar suas funções e atividades normais”, explica o Dr. Alexandre Kataoka.
Segundo o médico, não é o caso das queimaduras leves, já que essas são clinicamente tratáveis, com o uso de medicamentos e produtos para hidratação da pele.
O câncer de pele, que a todo ano atinge cerca de 6 mil brasileiros, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é um dos mais comuns. Ele pode ocorrer em qualquer parte da pele e o seu tratamento pode ocasionar cicatrizes ou a desfiguração da região em que o tumor se encontra. Além disso, ele pode deixar o local mais sensível e até mais suscetível a alguma bactéria ou doença mais amena.
“E ainda, ele eterniza também a lembrança de um momento doloroso e compromete a integridade da pele. Aí entra a cirurgia plástica reparadora, para amenizar todos esses fatores e também tentar conservar ao máximo a aparência da pele”, detalha o Dr. Alexandre Kataoka.
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