Pesquisadores alemães conseguiram desvendar os ingredientes presentes no processo de mumificação do Egito Antigo.
Estar perfumado é maravilhoso, afinal, as fragrâncias influenciam diretamente na nossa aparência. Porém, por incrível que pareça, essa prática é bem mais antiga do que imaginamos! Cientistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, surpreenderam a todos ao conseguirem recriar um perfume utilizado nas práticas de mumificação do Egito Antigo de, aproximadamente, 3.500 anos!
Os restos mortais de Senetnay, mulher que teve o corpo utilizado para análise, foram desenterrados no Vale dos Reis no ano 1900 por Howard Carter, mesmo arqueólogo que descobriu a tumba do faraó Tutancâmon.
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Para análise da composição do líquido, foram utilizadas pequenas amostras residuais extraídas de dois frascos usados para conservar vísceras embalsadas, que antes guardavam os pulmõs e os fígados da múmia.
Ao canal Euro News, Barbara Huber, principal pesquisadora do Instituto Max Planck, contou sobre a dificuldade de estudo a partir do pouco material a ser analisado.
"Tínhamos apenas minúsculos restos e vestígios do bálsamo de mumificação. E com base na composição molecular disso, podíamos identificar o aroma antigo da eternidade ou do pós-vida."
A partir da análise, a equipe de cientistas descobriu que o bálsamo consistia em uma mistura complexa de cera de abelha, gorduras, óleos vegetais, resinas, um ingrediente aromático e outros compostos.
De acordo com os envolvidos na pesquisa, essa descoberta não só esclarecer o processo de mumificação, mas também auxilia na compreensão das rotas comerciais do antigo Egito.
"Neste caso temos plantas da Europa Central, plantas do Sudeste Asiático e plantas da parte mediterrânea. Provavelmente coisas que estão localizadas no próprio Egito, como a cera de abelha. Tudo isso junto no bálsamo de mumificação", afirmou Huber.
No vídeo a seguir, disponível no canal da Euro News, é possível entender melhor a pesquisa!
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