A técnica virou trend no TikTok e tem chamado a atenção de jovens pelo mundo todo.
Cadu Guarieiro | 11 de Outubro de 2023 às 07:00
O método conhecido como "Botox da Barbie" ganhou a atenção da comunidade médica. O procedimento que consiste na injeção de neurotoxina nos trapézios, músculo que sustenta o pescoço, para diminuir cosmeticamente o tamanho dos ombros e alongar o pescoço, tem conquistado a obsessão do público jovem no TikTok e intrigada especialistas ao redor do mundo, mas qual a opinião dos profissionais sobre a técnica?
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Atualmente com mais de 7 milhões de visualizaçãos no TikTok, a hastag "Botox da Barbie" conta com conteúdos publicados por clínicas estéticas com emojis brilhantes e legendas chamativas.
Originalmente projetado para auxiliar na liberação dos músculos trapézios severamente sobrecarregados, que poderiam causar enxaquecas e intensa tensão no pescoço, o procedimento passou a ser administrado de maneira off-label, com uso diferente do descrito na bula, voltado para a estética. Em entrevista à CNN, Parisha Acharya, médica cosmética chefe da clínica estética médica de Londres Waterhouse Young, explicou o funcionamento da técnica.
"Quando o botox é injetado em um músculo, ele interrompe a conexão com o nervo. Com o tempo, isso leva ao enfraquecimento e à paralisia do músculo. Indiretamente, o músculo encolhe."
Isabelle Lux, criadora de conteúdo de 32 anos de Palm Beach, na Flórida, é uma das adeptas do procedimento, também em entrevista ao portal, ela revelou que estava procurando emagrecer os ombros em preparação para o casamento e também aliviar algumas dores na parte superior das costas.
"[O nome da técnica] Veio da ideia de que você ficaria mais parecido com uma Barbie quando terminasse, o que não acho que seja uma coisa ruim. Alonga o pescoço, afina os ombros e cria um físico muito delicado quando feito corretamente", constatou a influencer.
Dra. Acharya considera o "Botox da Barbie" irônico quando comparado ao recém-lançado filme da boneca.
"Era muito pró-feminismo e estavam deixando de sexualizar nossos corpos e pensando neles como apenas objetos. Não gosto do fato desta tendência usar a Barbie para dizer que deveríamos ter pescoços finos. Devemos nos aceitar por quem somos", pontuou a especialista.
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